Descubra como enfrentar conversas difíceis com estas 4 perguntas cruciais
Elas nos ajudam a ter clareza e a nos abrirmos para escutar as pessoas
Você está cansada(o) de sofrer toda vez que precisa ter uma conversa difícil? Um dos grandes aprendizados que tive tendo conversas difíceis é que precisamos sair do nosso mental e, de fato, refletirmos sobre a conversa que queremos ter.
Eu percebi que muitas vezes eu só ficava ali ruminando todos os meus julgamentos, críticas e incômodos com as atitudes da outra pessoa… e as possíveis reações que ela teria ao que eu tinha para dizer.
Isso fazia com que a conversa ficasse grande demais na minha cabeça, então eu evitava até não ter mais para onde correr.
Muitas vezes isso significava reações muito intensas (as famosas explosões), perder oportunidades, desistir de algumas coisas, me afastar de algumas pessoas, e por aí vai.
Nesse processo, descobri que as perguntas são uma excelente forma de substituirmos essa ruminação mental por uma reflexão prática, que de fato nos ajuda ir para essa conversa com mais clareza e segurança.
Na publicação de hoje, eu compartilho 4 perguntas que sempre me faço quando estou diante de uma conversa difícil:
1. Qual a minha intenção com esta conversa? Qual é o resultado que eu espero?
Por que você quer ter essa conversa? O que você deseja comunicar? Ter isso em mente vai te apoiar a se expressar com clareza e assertividade. Ao mesmo tempo, vai te apoiar a sustentar qualquer desconforto que possa surgir durante o diálogo.
2. Quais são os fatos? Que exemplos posso dar?
Usar julgamentos (você é muito… você sempre/nunca…) em vez de fatos (quando eu escutei você dizer X, Y e Z… quando eu vi XPTO acontecer) pode facilmente gerar uma discussão nada saudável. A outra pessoa provavelmente vai se sentir atacada, e você pode se sentir frustrada, criando atritos que os desconectam ainda mais.
Citar fatos, fornecer exemplos claros, compartilhar as suas interpretações e fazer perguntas para esclarecer criam o espaço necessário para compreensão mútua e a busca de soluções ganha-ganha.
3. Como o outro pode estar se sentindo? Do que ele pode estar precisando?
Eu gosto dessa pergunta porque ela nos ajuda a lembrar que o outro é um ser humano real, imperfeito e complexo, assim como nós. Ele também tem sentimentos e necessidades e está buscando se libertar do sofrimento e ser feliz.
Não é sobre acertar o que ele está sentindo ou precisando. É sobre ativar a nossa curiosidade e se abrir, de fato, para conhecer/compreender a perspectiva da outra pessoa.
4. O que eu gostaria de pedir a outra pessoa?
Você quer escutar como o outro se sente em relação à situação? Você quer propor um combinado para melhorar o andamento do projeto ou a relação de vocês? É crucial que você tenha clareza sobre o que gostaria de pedir ao outro.
No entanto, tome cuidado para não se prender a uma única forma de resolver o conflito. Lembre-se que o outro também tem necessidades e estratégias para cuidar delas.
Essas 4 perguntas nos ajudam, sem dúvida, a ganhar clareza sobre nós mesmos e a nos abrirmos para escutar e compreender o outro, dois elementos que considero cruciais para uma conversa produtiva.
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Milena Serro
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