Convivemos em meio a tecnologias que nos disponibilizam instantaneamente diversas formas de conexões entre pessoas e objetos. Ao cedermos a todos os estímulos que elas trazem: Podemos acabar por viver no virtual e não no real.
O tempo que dedicamos àquilo que é repentino via a tecnologia pode nos tomar ricas experiências presenciais, que acabam por ficar fora do foco de atenção naquele momento. Gosto quando alguns restaurantes avisam que não há conexões para a Internet e que como consequência: Pedem para que aproveitemos a conversa olhando para os olhos daquele que está conosco.
Acredito que o nosso tempo é um dos maiores presentes que podemos oferecer a outra pessoa. Ao atribuirmos o valor correto a ele: Conseguimos estar presentes no tempo presente com o outro. Quando isto não ocorre podemos acabar por viver a ansiedade pelo tempo que ainda não chegou ou ficar deprimidos pelo tempo que passou.
A prática para estar presente não é simples. Ela demanda exercícios de desprendimento e planejamento. Como também, a compreensão daquilo que realmente conseguimos entregar no agora. Nessa direção, aparece a pergunta que norteia no presente texto: “Como você atribui valor ao seu tempo?”.
O que realmente lhe importa faz parte das escolhas que vive? Assim que reunimos condições para construir essas respostas: Acredito que também somos capazes de sentir a felicidade. Ela é uma via lindíssima! Nela nos permitimos doar/empregar o nosso tempo com compaixão pelo outro: Sentindo e nos colocando espontaneamente no lugar dele.
O resultado da compaixão é único. Certamente vocês já perceberam isso: Quanto mais fazemos/servimos ao outro, mais aprendemos sobre nós mesmos. No mesmo caminho estão os sentimentos que recebemos: Eles nos chegam maiores do que aquilo que acreditamos ter doado/entregue.
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