Aproximadamente 8% da população brasileira é composta por pessoas com mais de 60 anos, mas as despesas previdenciárias são da ordem de 12% do PIB do país. Em comparação, a Alemanha, a Espanha e a Grécia têm níveis de despesa semelhantes, mas os cidadãos mais velhos representam cerca de 25% das populações totais destes países.
Para muitos, a aposentadoria torna-se uma fase ativa da vida na qual as pessoas aspiram por permanecer socialmente conectadas, participando de suas comunidades, grupos e, principalmente, economicamente ativas. A Pesquisa Aegon de Preparo para Aposentadoria 2018, lançada recentemente no Brasil pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, identificou um dado interessante sobre as expectativas dos entrevistados com relação ao período de aposentadoria. A maioria dos trabalhadores (57%) vislumbram alguma forma de transição para a aposentadoria em que eles continuem a trabalhar por um tempo (integralmente ou meio período) até pararem totalmente.
Os trabalhadores que cogitam continuar trabalhando, pensam assim pois querem e precisam trabalhar. Globalmente, a maior razão escolhida para fazê-lo é para se manterem ativos fisicamente e com o cérebro alerta (56%). Outros 37% afirmam gostarem tanto do que fazem a ponto de pensarem em estender um pouco mais seus períodos de atividade.
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A pesquisa também apontou que 72% dos trabalhadores que planejam continuar a trabalhar o fazem devido a uma combinação de razões de renda – e poupança – incluindo ansiedades gerais sobre a sua renda e poupança na aposentadoria, preocupações sobre os benefícios da Seguridade Social, saldos dos planos de aposentadoria sendo menores do que o esperado, e outros.
Globalmente, os trabalhadores calculam que vão precisar de 68% de sua renda anual atual na aposentadoria para manterem seus padrões de vida. O dado alarmante é que apenas um quarto acha que irá conseguir essa renda de aposentadoria e 13% sentem que vão conseguir cerca de 75% de sua renda necessária.
Ter renda mais tarde na vida fornece aos trabalhadores a oportunidade de atrasar o saque de seus benefícios de aposentadoria, o que pode significar benefícios mais elevados no futuro.
Porém, mesmo com essa preocupação com relação ao futuro, a pesquisa mostrou que as pessoas não estão bem preparadas. Apenas 13% dos trabalhadores têm um plano de aposentadoria formal, enquanto 44% afirmam ter um plano, mas não formalmente. E 32% dos trabalhadores têm um plano B, no evento de se tornarem incapazes de continuar trabalhando antes da idade prevista de aposentadoria.
O “jeitinho brasileiro” também apareceu no estudo de caso como um traço cultural bastante marcante na sociedade brasileira. A improvisação para resolver problemas, geralmente de forma bastante criativa pela falta de recursos, leva ao não uso de procedimentos ou técnicas previamente estipuladas. O lado positivo é que essa tendência pode inspirar – e inspira – a criatividade do povo, por outro, tamanha criatividade pode traduzir-se na falta de planejamento e no erro comum a crença que “tudo vai dar certo no último minuto”
FONTE:
https://institutomongeralaegon.org/dinheiro/aposentadoria/57-dos-trabalhadores-pretendem-continuar-ativos-na-aposentadoria
https://institutomongeralaegon.org/o-instituto/quem-somos
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