Você sabe trabalhar a sua marca pessoal usando os recursos da Internet? É importante os leitores saberem que há muita novidade em torno de sofisticadas tecnologias digitais ora em uso para que grandes marcas globais façam sucesso no mercado de negócios. O lado positivo disso é que esses conceitos podem ser utilizados também pelas pequenas marcas e até por indivíduos, entendendo que estes têm a sua “marca pessoal” como fornecedoras de serviços.
Não vou explorar expressões como inbound marketing e nem fazer um grande passeio em torno das tecnologias usadas pelas grandes corporações, mas me inspirei em um estudo recente para dar dicas que levem os leitores a tirar um bom proveito. Estudo desenvolvido por Charlene Li, sócio do Grupo Altimeter, e por Ben Elowitz, CEO da empresa Wetpaint, examinou as 100 maiores marcas globais listadas pela BusinessWeek e pela empresa Interbrand. O estudo explica que as marcas invariavelmente acabam caindo em um de quatro perfis típicos, dependendo do número de canais de mídia social que têm e a profundidade de envolvimento nesses canais.
Aqui eu quero fazer uma pausa para observação. Cada leitor deve fazer uma reflexão própria sobre os perfis que serão descritos e associá-los com a realidade de sua marca pessoal. Não quer dizer que fazer diferente do que o estudo concluiu levará alguém ao fracasso e nem que fazer tudo certinho levará certamente ao sucesso. Queremos é verificar como a realidade identificada para marcas globais pode (ou não) ser transferida e aplicada a uma determinada marca pessoal (a identidade profissional).
Afinal, as marcas mais bem sucedidas são aquelas que se engajaram ativamente com seus clientes através de diferentes canais de mídia social. Isso não significa que a empresa está empregando grande equipe para isso (a Starbucks tem seis pessoas para supervisionar onze canais), mas prova que simplesmente criar a página de fãs no Facebook e ficar aguardando “likes” dos amigos não é suficiente para o sucesso.
Pois bem, os quatro perfis citados pelo estudo são os seguintes:
- Mavens (as especialistas) – são marcas com sete ou mais canais de mídia social, com altos níveis de engajamento através de cada uma. Elas mantêm equipes especializadas e não conseguem se imaginar funcionando sem forte presença nos meios de comunicação social.
- Butterflies (as borboletas) – são também marcas com sete ou mais canais de mídia social, mas com níveis mais baixos de engajamento através de cada. Elas ainda se defrontam com uma luta interna nas organizações para conquistarem investimento e aceitação ao que o envolvimento profundo com o cliente implica.
- Selectives (as seletivas) – são marcas com seis ou menos canais de mídia social, porém com altos níveis de engajamento através de cada um. Muitas vezes, com resultado limitado devido à ausência de equipe dedicada, busca-se envolver os clientes quando e onde mais importa.
- Wallflowers (os escanteados) – são marcas com seis ou menos canais de mídia social, com baixos níveis de engajamento. Há muita cautela sobre os riscos de engajamento, incerteza sobre os benefícios e, portanto, envolvem apenas levemente os canais onde estão presentes.
Pense em você, seu nome, sua presença nas redes sociais, seu grau de engajamento e olhe para o futuro. Já se localizou perante a concorrência (aquelas pessoas que disputam os seus sonhos, expectativas e conquistas com você)? Pois para lhe dar uma informação final, saiba que das 100 marcas mais bem sucedidas, as treze primeiras são todas “Mavens”. A primeira “Butterfly” aparece na posição 14 e a primeira “Selective” vem em 23º lugar. A primeira “Wallflower”, até para fazer jus ao nome de escanteada ou esquecida, está em 51º lugar.
Logo, se você quer estourar em relação aos concorrentes, não precisa abandonar o Facebook. Porém, saiba que apenas a conquista de muitos “likes” não é determinante para o sucesso, uma vez que você precisa se engajar em mais mídias sociais e ser ativo, interagindo com o público.
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