Conflitos Humanos: Um Mergulho na Complexidade do Ser
Desde que comecei a estudar os conflitos percebo cada vez mais que minha compreensão sobre a designação conflito está cada vez mais distante e incompreensível.
Percebo os conflitos tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes, e sempre me pergunto: Qual a razão para essa discordância do alegado pelo outro no conflito?
O meu pensamento gira sempre em torno de questões como esta: Será que este impasse é o que alimenta a minha criatividade e até mesmo a minha belicosidade natural?
Todos temos uma criatividade implícita, que nos ajuda a resolver as questões diárias com mais ou menos facilidade, no entanto caímos em discussões, que não nos levam a lugar algum.
Não seria a belicosidade de cada um a maneira que encontram para sobreviver?
Se observarmos o resultado de um eletrocardiograma, pode-se notar que os nossos batimentos cardíacos são uma constante de altos e baixos.
Estamos vivos. Porém, quando o exame se apresenta em uma linha contínua sem as ondulações, já não mais aqui estamos, ou seja, o nosso tempo acabou.
Por que vejo este fato correlacionado com os conflitos?
Porque percebo o conflito como algo vivo e pertencente a cada um de nós.
Porque ao mergulharmos em um conflito como observadores, podemos perceber o quanto de nós existe em cada palavra proferida por aqueles que antagonizam os fatos, quando em conflito.
E porque ao buscar a causa do conflito, percebo a forma exacerbada de se comunicar de um contra a calma do outro, a frieza de um contra a narrativa acalorada do outro, o choro de um contra a risada do outro, o cinismo de um contra a sinceridade do outro.
Situações que sempre fazem parte de uma mesma moeda. E, esta moeda é a vida. Somos uma pequena partícula do todo e a vida nos mostra que eu sou você e você é EU.
Todo este redemoinho de sentimentos faz parte da sobrevivência de cada um, e a causa investigada perde a sua importância primária, para demonstrar o quanto estão vivos aqueles seres que se contrapõem diante de meu olhar.
A insanidade demonstrada no embate é mais do que uma causa. É a vida pulsante de seres que buscam sobreviver.
Todo o teatro apresentado é a tentativa de demonstrar aquilo que sentem. É notório que não conseguem ouvir e tão pouco perceber que, se os olhares estivessem atentos de um para com o outro, os sentimentos poderiam ter sido explanados sem objeções.
Por isso, concluo que a reconstrução da relação deve passar pelos sentimentos esclarecidos, que muitos consideram como a causa do confronto. E eu considero como a mais pura necessidade humana de sobreviver, muitas vezes perigosa, porém necessária, para a reconstrução verdadeira do próprio Ser.
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Quer conversar mais sobre como os conflitos humanos revelam nossa natureza criativa e belicosa? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito com você.
Luísa Santo
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