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Conflitos são inerentes em nossas vidas: Como lidar com eles?

Quando nos depararmos com o conflito temos a impressão de que a causa é externa e alheia à nossa vontade. Mas você sabia que todo conflito se inicia em nós mesmos, ainda que pareça o contrário? Então como aprender a lidar com eles?

Conflitos são inerentes em nossas vidas: Como lidar com eles da melhor forma?

Conflitos são inerentes em nossas vidas: Como lidar com eles?

Olá,

 

Sou Advogada, Mestra em Resolução de Conflitos e Negociação, Coach para conflitos pessoais e interpessoais, Analista corporal e comportamental. 

 

Atuo na área de conflitos pessoais e interpessoais desde 1998. Acresci aos meus conhecimentos diversas técnicas ao longo do tempo, para que a construção do diálogo entre partes e com seu próprio EU se tornassem mais profícuas. 

 

A minha coluna irá mostrar como as emoções afetam a nossa identidade e o poder que exercemos em nosso cotidiano.

 

O resultado da solução dos conflitos depende de como lidamos com nossas emoções e o quanto respeitamos a dos outros. A formação de grupos para que aprendamos com o coletivo como desempenhar a nossa individualidade. 

 

Espero que me acompanhe em minha coluna! 

 

Luísa Santo

Conflitos são inerentes em nossas vidas: Como lidar com eles?

Os conflitos rondam nosso cotidiano diariamente. Alguns com consequências mais sérias e outros mais fáceis de serem resolvidos.

O conflito é daquele que nos provoca ou é nosso?

Todo conflito se inicia em nós mesmos, ainda que pareça o contrário.

Passamos o tempo todo conversando com nosso EU, e ao nos depararmos com o conflito temos a impressão de que a causa é externa e alheia a nossa vontade.

Como podemos produzir uma melhor conversa com nosso EU, para que o EU do outro não nos afete com intensidade?

Ao conversar com seu EU, você se lembra de uma situação em que foi abordado de maneira grosseira. Imediatamente, a emoção sentida naquela ocorrência e registrada em você, aflora com maior ou menor intensidade.

Pois bem, na primeira oportunidade que cometerem uma indelicadeza com você, a sua reação poderá ser aquela que registrou em seu EU anteriormente, eis que a emoção sentida à época da referida indelicadeza, pode surgir com maior ou menor intensidade.

Dependendo da força dessa emoção, sua reação pode ser adversa ainda que seja um fato novo.

Volte no tempo e rememore se já aconteceu com você?

Você pode ter reagido de maneira inesperada, isto porque já gravara em seu cérebro a situação grosseira que o incomodou, e o inesperado só foi uma reação ao que acontecera no passado.

O desconhecimento racional de sua parte sobre a emoção gravada em seu EU emocional despertou, e foi utilizado em uma nova situação.

SOMOS O RESULTADO DE NOSSAS EMOÇÕES

Esses resultados são causados por nossas emoções outrora gravadas em nosso cérebro. Somos emoção, pura e simplesmente, e essas de acordo com a situação enfrentada são mais, ou menos intensas.

Com qual sentimento me conectei ao sentir a emoção?

Raiva, medo, frustração, alegria, compaixão ou outras?

A emoção relacionada com determinado sentimento, ao senti-la novamente, desabrocha a repetição da atitude já vista, e assim podemos considerá-la como um hábito comportamental.

Caso seja uma emoção que despertou um sentimento de raiva pode nos levar a um conflito interpessoal.

Esse conflito surge como se fosse algo relacionado com a outra parte, quando na verdade ele se iniciou em nosso EU. 

IDENTIDADE – EMOÇÃO – PODER 

As emoções conectam-se com nossa identidade e com o poder que exercemos em determinadas situações.

Nossos conflitos são inerentes à nossa vida e estão diretamente ligados àquilo com o qual nos identificamos. E, só nos identificamos com o que nos permita sentir um certo conforto e reconhecidos em nossa identidade. A identidade tem seu lugar, ela se situa em nosso mundo social, eis que nada está isolado do que o cerca.

Cada indivíduo tem dentro de si inúmeras identidades, social, familiar, laboral, cultural, política, territorial, enfim tudo aquilo que o regozija e faz com que se sinta parte do contexto. Tal fato o impele para agir de acordo com o que se apresenta, tornando sua ação segura quando está relacionada àqueles que pertencem ao mesmo grupo.

A identidade serve como um modelo que orienta a ação em consonância com o que nos cerca.

A identidade está no centro das interações conflituosas.

A ameaça à identidade sinaliza perigo iminente e as partes envolvidas a qualificam como necessidade, pois veem a necessidade como um desafio a sobrevivência da identidade ameaçada, o que a torna mais importante que o fato sobre o qual ocorre o conflito.

Os conflitos acontecem quando as pessoas percebem que os objetivos são diferentes e há a interferência do outro. Estes são os gatilhos que estabelecem o conflito.

As emoções envolvidas no conflito devem ser apresentadas para que as partes possam perceber que as dores não se restringem a um só ator.

Para Goffman (1955) o sentimento ruim ou que fere associado a iminente ameaça é o que anuncia o conflito para uma ou ambas as partes. Crescemos? O único que nos diferencia das crianças é a nossa autonomia para agir, bem como o nosso autocontrole já desenvolvido pelo tempo, que ao menor impasse emocional pode surgir e nos causar confusões.

A emoção eiva também o poder. O simples fato de perceber a perda do poder pode nos causar conflito como se estivéssemos perdendo o chão, ou seja, a segurança, que o controle, influência e o domínio sobre as situações nos propícia. Isto faz com que fiquemos alertas diante da possibilidade de perdê-lo.

Sabe-se que o poder pode causar mudanças comportamentais no outro, bem como mudanças estruturais na vida das pessoas.

No entanto, o poder só enfraquece na medida em que o afetado desmistifica essa força e passa a agir de acordo com suas próprias convicções. Ainda que o poder seja negociável, há que se perceber, respeitar e esclarecer as dores de cada qual para que o conflito arrefeça verdadeiramente.

Para que as emoções causadoras dos sentimentos que nos intimidam não nos aflijam com demasiada intensidade, é preciso reconhecê-las e saber que só podemos enfrentar grandes ondas se soubermos nadar muito bem, conhecer o movimento do mar e sermos hábeis o suficiente para nelas surfar.

Afinal, ”Qualquer um pode tomar o leme, quando o mar está calmo” (Públio Siro). Caso contrário o melhor é reconhecer se o momento é propício ou não.

Se aprendermos a reconhecer nossas ondas e como lidar com elas, certamente teremos maior facilidade para enfrentar os conflitos.

Quando não somos capazes de fazê-lo por conta própria o ideal é que busquemos ajuda, pois o reconhecimento de nossas falhas nos torna maiores e cada vez mais capazes de também ajudar aos que necessitam.

Gostou do artigo? Quer saber mais por que conflitos são inerentes em nossas vidas e como lidar com eles da melhor forma? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Luísa Santo
https://www.linkedin.com/in/luisasanto/

Não deixe de acompanhar a coluna Conflito é Emoção

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Luísa Santo Author
Luísa Santo é advogada, mestra em resolução de conflitos e negociação pela Universidade Kürt Bosch-Suiça, na Argentina. Coach para conflitos pessoais e interpessoais, Analista corporal e comportamental. Atua na área de conflitos pessoais e interpessoais desde 1998. Acresceu aos seus conhecimentos diversas técnicas ao longo do tempo, para que a construção do diálogo entre partes e com seu próprio EU se tornassem mais profícuas. Trabalha com grupos ou individualmente e forma grupos com no máximo dez participantes, para que se ajudem a encontrar soluções para aquilo que buscam. Isso os desperta para a importância e a necessidade das relações, bem como para o desenvolvimento pessoal, e com isso aprendam que juntos sempre serão mais fortes.
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