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Consciência Individual e Coletiva: Por que seu presente e futuro estão em jogo?

Vivemos a Era da Consciência Individual e Coletiva. Quem espera ou adia a mudança pode ter o seu presente e o seu futuro determinado pela ignorância. E poderá ser bem mais difícil.

Consciência Individual e Coletiva: Por que seu presente e futuro estão em jogo?

Consciência Individual e Coletiva: Por que seu presente e futuro estão em jogo?

Amanhã será um lindo dia da mais louca alegria que se possa imaginar
Amanhã, redobrada a força pra cima que não cessa, há de vingar
Amanhã, mais nenhum mistério acima do ilusório, o astro rei vai brilhar
Amanhã a luminosidade alheia a qualquer vontade, há de imperar, há de imperar
Amanhã está toda a esperança, por menor que pareça, o que existe é pra vicejar
Amanhã, apesar de hoje, ser a estrada que surge pra se trilhar
Amanhã, mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar
Amanhã ódios aplacados, temores abrandados, será pleno, será pleno

 

(Guilherme Arantes – Cantor e Compositor – Música Popular Brasileira)

Amanhã, mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar.

Cada ser humano é único. Isto é verdade.

No entanto, o mesmo ser individualmente único é também totalmente dependente do meio e do grupo em que vive. Portanto somos indivíduos que coletivamente interferimos nos grupos aos quais pertencemos e somos influenciados por eles

A consciência individual é composta por vontades e gostos que pertencem a cada indivíduo e que transformam cada ser em “único” e com sentimentos pessoais próprios. Já que a consciência coletiva nos impõe o uso de roupas, a consciência individual nos permite escolher o que usar e de que maneira combinar os trajes.

Para Émile Durkheim[1], a partir de seus estudos relativos à “consciência coletiva” e “consciência particular” – a consciência coletiva independe do indivíduo: Ela existe antes do indivíduo e influencia esse em sua formação de consciência – ou seja, a conformidade das consciências particulares à consciência coletiva é que possibilita a vida em sociedade.

Nestes primeiros 23 anos do Século XXI, a mudança tornou-se uma presença diária na vida de todos nós, em todos os setores da vida. Adaptar-se rapidamente passou a ser condição de continuidade (sobrevivência).

Diferentemente das gerações anteriores, as novas gerações, tem a seu favor a diminuição das fronteiras, as tecnologias disruptivas, o acesso a tudo e infinitas possibilidades. Muitos ainda se sentem completamente perdidos, porque podem tudo, mas não tem estrutura interna para traçar rotas de futuro que se sustentam.

As bases do indivíduo, numa sociedade completamente sem referências anteriores são frágeis e ainda não estão estudadas, analisadas – convivemos com os sintomas, desconhecendo as causas na psique humana – os eventos atuais são superlativos, disruptivos, “Nunca antes” passou a ser menção para indexar ordem de leitura – como pode me afetar hoje tudo o que mudou ontem, no final do dia.

Muita gente continua completamente distraída do que realmente vem acontecendo no mundo, e segue lutando contra o movimento natural de evolução e progresso. Outros, vivem deslumbrados com a tecnologia, achando que ela é o impulsionador do futuro ou o futuro em si, sem entender que a tecnologia é meio e não um fim em si própria.

Há uma real negação do futuro na maioria das vezes. Isso porque temos pouca habilidade ou coragem de lidar com uma realidade não experienciada antes – de novo, sem referências e sem raízes. Quando o fazemos sem nenhum método, não nos apropriamos do que parece distante e incompreensível, e vamos tocando a vida, nos apegando a inovações insignificantes.

Inovar sem destino tem levado sociedade, pessoas e empresas a um voo cego, deixando os dias aos cuidados da sorte e das apostas. Toda tecnologia e recursos destinados a inovação, no público e/ou no privado – não alcançam seus objetivos de retorno e melhoria se a inteligência humana, a qual destina e aplica todos estes recursos, não estiver presente de forma consciente e focada no coletivo.

A inovação, peca inúmeras vezes todos os dias, quando não celebra a união de todos os recursos em prol de bem maior e mais integrado ao benefício do ser humano.

Uma boa estratégia de inovação, que atenda os diferentes anseios geracionais, deveria começar com a projeção de dados sobre mudanças em curso, para que se tenha a chance de escolher o futuro que desejamos. Queiramos ou não, gostando ou não, informados ou não. O futuro virá carregado nos braços de toda a transformação necessária à sobrevivência e continuidade da raça humana.

Qualquer inovação e/ou melhoria, que não pensada para o todo da civilização, não passará ao futuro. Para quem luta pela individualidade e reclusão, distante das cidades e da civilização – como única porta de entrada para a felicidade, as notícias não são boas. Sem a celebração da vida coletiva e preservação de todos, nem mesmo o campo será salvo. Só assim será possível construir uma visão de longo prazo, para então, voltar ao presente e dar sentido e significado aos planos do agora.

Estamos na era da consciência individual e coletiva. Quem espera ou adia a mudança pode ter seu presente e o seu futuro determinado pela ignorância. E poderá ser bem mais difícil. É hora de pensar junto com o planeta e de mudar a realidade à nossa volta. Indivíduos e sociedade, juntos, em um compromisso e propósito com o futuro são mais ricos em todos os sentidos.

O preço cobrado pela demora no ajuste de rotas da civilização humana, pode ser mais alto do que se está disposto a pagar,. E, normalmente, a conta vem em valores que ferem nossa sobrevivência, mais do que nosso bolso.

As novas gerações descobriram que lucro e dinheiro andam junto com a responsabilidade das escolhas que fazemos todos os dias. Precisamos agora, nos organizarmos como coletivo integral (todos os grupos sociais), ajudando a equilibrar e fazer o plano de ações para uma vida melhor e mais justa. Com auxílio de todas as inovações, invenções, tecnologias e recursos naturais – sem julgamento – apenas avaliação crítica do que é importante e o que é descartável.

Fazendo nossa parte ou não, o Sol vai nascer todos os dias, para os que esperam e vai iluminar o mundo melhor ou pior que deixarmos. Com certeza aquele que estamos “construindo” agora.

Abrace o futuro, ele é nosso único destino.

Gostou do artigo? Quer conversar mais sobre a era da consciência individual e coletiva? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre este tema.

Sandra Moraes
https://www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

(*) (Guilherme Arantes – Cantor e Compositor – Música Popular Brasileira)

Referências:

[1] David Émile Durkheim foi um sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês.

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Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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