Você já se percebeu sendo movido por suas emoções? Eu arrisco dizer que todas as pessoas viveram e muitos ainda vivem esta experiência. E, de acordo com a qualidade da emoção em questão, muitos se arrependem dos resultados obtidos. Mas afinal, somos capazes de controlar o que sentimos?
A neurociência comprovou que nossas emoções são fruto direto dos nossos pensamentos. Esta afirmação nos permite assumir que se formos capazes de mudar nossos pensamentos, poderemos então mudar também nossos sentimentos. Parece simples colocando desta forma, mas por qual razão continuamos sendo dominados pelo que sentimos?
Eu acredito que a falta de decisão, somada aos nossos vícios emocionais é a explicação.
Nós nos acostumamos a sentir o que sentimos de tal forma que, na ausência destas emoções, nosso corpo experimenta uma espécie de “abstinência” que nos leva automaticamente a repetir os mesmos velhos pensamentos, alimentando assim a necessidade bioquímica do nosso organismo. Este processo é automático e involuntário, influenciando nossa percepção de mundo e dos fatos à nossa volta.
Imagine, por exemplo, uma mulher que começa a reparar na ausência de uma amiga de longa data que não lhe telefona há mais de 2 semanas. Ela passa a imaginar razões pelas quais a amiga sumiu. Digamos que esta mesma mulher tenha em seu histórico de vida, alguns episódios de abandono e indiferença. Naturalmente ela assumirá que a amiga não se importa e deixou de ligar por desinteresse. Esta interpretação certamente a impedirá de ligar para amiga, inclusive para saber se ela está bem ou se aconteceu algo que a impediu de ligar antes.
Muitas pessoas cometem este equívoco recorrentemente. Interpretam situações familiares, sociais e, inclusive, profissionais de forma equivocada, alimentando vícios emocionais, e comprometendo a qualidade das suas relações e resultados práticos.
Onde entra a falta de decisão? As pessoas deixam de decidir sobre sua posição diante de cada situação.
Voltando ao mesmo exemplo acima. Imagine que aquela mesma mulher, após buscar se (re)conhecer, (res)significasse as experiências de vida de abandono e indiferença, libertando-se destas marcas. E, a partir deste ponto, se posicionasse como alguém capaz de amar independentemente do que recebe do outro, sabendo discernir nas suas escolhas e relacionamentos. Esta mulher, diante do sumiço da amiga, poderia tranquilamente buscá-la sem sentir nada de negativo por isso. Se a amiga estivesse mal, ela poderia oferecer apoio. Se ela percebesse que realmente não era tão amiga assim, ela simplesmente seguiria em frente, sem necessariamente alimentar emoções negativas por esta ocorrência.
Você tem se dado conta das suas emoções? Sente-se capaz de (res)significá-las, colocando-se no comando dos seus pensamentos?
Você é um produto direto daquilo que você pensa. Permita-se decidir sobre isto!
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