Uma das expressões máximas do amor é a assistência dada a um ser humano quando do seu nascimento. O recém-nascido necessita e recebe a atenção plena durante os seus primeiros meses de vida e, aos poucos, a família incorpora as novidades que ele traz a cada etapa do seu crescimento.
Ele cresce e a criança aparece. Com ela as vontades são verbalizadas e na medida do possível a família procura proporcioná-las. A mãe e o pai – que também são recentes em seus papéis – esforçam-se para que desde o início todos vivam as suas funções e as respectivas atividades.
Não raro, percebemos que mesmo com poucos recursos: há famílias que conseguem criar e educar seus filhos com amor e compromisso para que a vida seja levada a sério. Verdadeiras interações ocorrem e movimentam a criança aos mais belos aprendizados: consigo e com o outro; torcendo para que o conviver em sociedade seja leve e leal.
Não permitir que a criança desista dela mesma é uma tarefa diária. Incentive o “levantar ao cair” e a compreensão de que o esforço possibilita que novos aprendizados sejam conquistados, para que novas formas de ver o mundo – e se apresentar nele – sejam exercitadas na direção dos objetivos cada vez maiores.
Gosto muito de um comercial na televisão em que aparecia uma mulher durante uma entrevista de trabalho. O entrevistador perguntava se ela estava pronta àquela oportunidade. Ela respondia sorrindo: “Sempre estive”. Entre a pergunta e a resposta eram vistas imagens de ensinamentos que recebia do pai desde pequena; momentos de: estudo, brincadeira, carinho mútuo e disciplina.
Educar e participar da educação dos filhos requer muita energia por parte da família. Todos aprendem muito! Vale cada segundo a lembrança daquele sorriso que mostra a gratidão do filho e a certeza que os pais estão no caminho daquilo que é certo. Logo após – e quase de imediato – eles crescem e suas escolhas aparecem.
O casal pode se afastar da vida a dois desde que o bebê chega. Há que se deixar claro que a nova pessoa na família só chegou porque os dois queriam. Digo isto porque é somada uma nova vida onde só existiam e cabiam outras duas: espaços na agenda orientada a valores são necessários para que ambos não fiquem sobrecarregados.
Ao longo do tempo esses espaços retornam e o namoro também. A paciência aqui é a mãe das virtudes: por algum tempo, os pais vivem a vida da criança em toda a sua amplitude. Aos poucos, eles exercitam o delegar das atividades que competem a ela. As tarefas de limpeza e organização do próprio espaço são de grande valor.
É muito gostoso cuidar e se relacionar com a criança; contudo, ela cresce e precisa amadurecer em suas atitudes. Quando isto não ocorre podemos contar com adolescentes e adultos infantilizados; isto devido a alguns costumes e comportamentos que os pais mantêm no presente e que deveriam ter ficado no passado.
Os papéis dos pais podem ficar confusos quando os papéis dos filhos ainda não foram delegados desde o crescimento. Boas e verdadeiras conversas/exemplificações ajudam muito… Contudo, pode ser uma tarefa terapêutica quando persistirem: a falta de clareza e a desordem nos acontecimentos.
Vamos debater sobre três livros que me ajudaram a escrever esse breve texto? São eles:
- A Mágica do 1-2-3; autor: Thomas W. Phelan;
- Os Bebês e suas Mães; autor: WINNICOTT, Donald W.
- Natureza Humana; autor: WINNICOTT, Donald W.
Deixo três perguntas com a motivação de iniciar os debates:
- Como não sobrecarregar a família durante a primeira infância da criança?
- Como tornar o estudo uma tarefa: interessante, desafiadora, curiosa e prazerosa?
- Como abordar a prudência e a liberdade com o filho adolescente?
Participe da Conversa