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Conversas Difíceis: Por que elas são tão desafiadoras?

Como você lida com as conversas difíceis? Você as evita, até não ter mais para onde correr? Ou você as enfrenta, mas sente que às vezes é duro demais?

Conversas Difíceis: Por que elas são tão desafiadoras?

Conversas Difíceis: Por que elas são tão desafiadoras?

Olá, 

 

Sou Milena Serro, Especialista em Conversas Difíceis, Palestrante, Mentora & Facilitadora de Comunicação Consciente e Não Violenta. Escritora e Coautora do livro “Descubra o Elo”. 

 

Comunicóloga por formação, com mais de 15 anos de experiência especialmente no terceiro setor, vi o meu maior desafio – o medo de me expor – se transformar no meu grande propósito: compartilhar caminhos e possibilidades para uma comunicação sem bloqueios, que gere mais conexão, colaboração e resultados, especialmente por meio de conversas difíceis e corajosas. 

 

Eu acredito que a comunicação acontece de dentro para fora, e que quanto melhor nos comunicamos com nós mesmos, melhor nos comunicamos com os outros. 

 

Por isso você pode esperar nesta coluna reflexões e provocações não apenas sobre habilidades de comunicação, como também autoconhecimento, autocuidado e inteligência emocional. 

 

Espero com esta coluna contribuir para que você tenha conversas importantes, em casa e no trabalho, construindo assim relações mais leves e saudáveis – inclusive com você! 

 

Seja bem-vindo(a)! 

 

Milena Serro

Conversas difíceis: por que elas são tão desafiadoras?

Como você lida com as conversas difíceis? Você as evita, até não ter mais para onde correr? Ou você as enfrenta, mas sente que às vezes é duro demais?

As conversas difíceis – ou corajosas, como gosto de chamá-las – são parte natural das nossas relações. Onde duas ou mais pessoas convivem, haverá divergências: valores, crenças, opiniões, objetivos, etc.

Saber como dialogar com pessoas que pensam diferente, como se relacionar com pessoas que tem valores diferentes dos nossos, é fundamental para a construção de relações saudáveis e ambientes mais harmoniosos e diversos. E isso impacta diretamente nossa qualidade de vida, bem-estar, saúde mental e nos nossos resultados.

Feedbacks, negociações, colocar limites nas relações, falar não, dar uma notícia difícil… esses são apenas alguns exemplos de situações desafiadoras que precisamos lidar no nosso dia a dia.

E, apesar de saber da importância de ter esses diálogos com assertividade, quando estamos diante dessas situação, entramos no modo sobrevivência e muitas vezes não conseguir agir de maneira alinhada com os nossos valores.

E você sabe por que isso acontece? Por que é tão desafiador encarar uma conversa difícil?

Na coluna de hoje eu vou compartilhar com você três razões pelas quais enfrentamos dificuldades para ter essas conversas:

A primeira razão está relacionada aos nossos condicionamentos.

Talvez você não esteja familiarizado com as conversas difíceis. Talvez, assim como eu, tenha crescido escutando: “para conviver bem, precisamos deixar as coisas pra lá”. Ou ainda: “eu pago para não entrar em uma briga”. Dessa forma, você realmente acredita que o melhor é evitar conversar sobre situações difíceis, deixar que o tempo resolva as coisas.

Por outro lado, talvez você tenha sido ensinado que precisa se posicionar ou as outras pessoas “vão te comer vivo”. E isso faz com que, muitas vezes, você seja duro demais ao lidar com situações desafiadoras. O famoso “vou falar mesmo, doa a quem doer”. E realmente dói. No outro, e em você também.

Qualquer que seja a sua dificuldade ao ter conversas difíceis, a resposta provavelmente está na sua história de vida, nos padrões de comportamento que você aprendeu ali na sua primeira infância, até a sua adolescência.

A boa notícia é que nós podemos desprogramar esses padrões que não estão alinhados com a forma como queremos agira no mundo, como queremos nos relacionar com as pessoas.

A segunda razão são as nossas emoções.

Uma conversa difícil provoca em nós emoções muito intensas e desconfortáveis. E muitos de nós não fomos ensinados para lidar com as nossas emoções. Nós se quer conhecemos o alfabeto emocional!

Falamos a pouco sobre os nossos condicionamentos, e um deles é acreditar que os outros são responsáveis pelos nossos sentimentos. “Estou irritada porque a Maria não entregou o relatório no prazo”. “Estou com raiva porque João apontou meu erro na frente de todos”.

O comportamento dos outros é apenas um estímulo. Nós sentimos porque algo é importante para nós, e temos poder para cuidar disso.

Não bastasse isso, também carregamos a crença de que sentir é improdutivo. “Não dá pra ficar triste agora, tenho essa relatório para entregar”. E assim suprimimos as nossas emoções, empurramos para debaixo do tapete. O que não nos damos conta é do quando logo ali na frente, isso pode ser prejudicial. Não é a toa que muitas vezes explodimos.

A terceira razão é a falta de clareza.

Por um lado, nós passamos tempo demais concentrados no fazer, no ser produtivo… Por outro, temos um olhar muito voltado para o externo, para o que os outros vão pensar, como eles vão reagir.

E isso nos impede de estarmos em contato com nós mesmos. De termos tempo (e coragem) para sentir as nossas emoções, de compreender o que elas estão tentando nos comunicar. De investigar o que é importante para nós naquela situação, de ponderar o que pode ter motivado a ação do outro. E de elaborar como podemos conversar sobre isso, na busca por um acordo.

Sem olhar para o nosso mundo interno, sem nos conectarmos com nós mesmos, realmente fica difícil dialogar, afinal, se não sabemos nem o que queremos e por que queremos, como vamos pedir isso ao outro?

Esses são apenas algumas das questões que podem nos impedir de lidar com as conversas difíceis com segurança e tranquilidade.

Como uma ex-evitadora de conversas difíceis, que também já mentorou e treinou centenas de pessoas com essas dificuldades, eu costumo dizer que não adianta sermos expostos a novos caminhos e aprender novas habilidades, se não olharmos para essas questões, muitas vezes, inconscientes.

Se você tem dificuldade para dialogar em situações desafiadoras, é fundamental que você invista no seu autoconhecimento, mergulhe em si e na sua história, para identificar e compreender as raízes dos seus bloqueios.

Somente assim você conseguirá verdadeiramente se libertar dos seus medos e inseguranças, e conseguir navegar por conversas difíceis com segurança, clareza e tranquilidade.

Lembre-se,: conversas difíceis são uma parte natural e inevitável da nossa vida e das nossas relações. Aprender a lidar com elas é ter a oportunidades de transformá-las em mais oportunidades e conexão.

Gostou do artigo?

Quer saber mais por que as conversas difíceis são tão desafiadoras? Então, entre em contato comigo. Com certeza será um prazer te ajudar.

Milena Serro
https://www.linkedin.com/in/milenaserro

Não deixe de acompanhar a coluna Conversas Corajosas.

 

Milena Serro Author
Milena Serro é Palestrante, Mentora e Facilitadora de Comunicação Consciente e Não Violenta. Especialista em Conversas Difíceis, apoia profissionais e organizações na criação de relações de confiança, colaboração e resultados. É escritora e coautora do livro Descubra O Elo.
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