Copa do Mundo: A Importância do Coaching Esportivo
Há muitos anos, eu tive a oportunidade ímpar de atender a um treinamento de coaching com dois grandes ícones da prática. Sir John Whitmore falecido em 28 de abril de 2017, e meu querido mentor, Tim Gallwey, autor de vários livros como The Inner Game of Work, publicado no Brasil em 2013 sob o Título The Inner Game – A Essência do Jogo Interior, Performance, Aprendizado e Prazer no Ambiente Corporativo; edição que eu tive a honra de colaborar como tradutor enquanto atuava como um de seus cofacilitadores, trabalhando lado a lado com este senhor, hoje com 84 anos de idade e ainda muito atuante no mundo do coaching. Uma experiência de dois anos com muitos aprendizados. Seu livro mais conhecido é sem sombra de dúvida o The Inner Game of Tennis.
Tim que se graduou em Harvard em letras (Inglês) chegou a ser professor e a fundar uma universidade e depois de alguns anos sabáticos, começou sua carreira de treinador de Tênis na década de 70, começou a perceber que seus alunos tinham uma forma de aprendizado um pouco diferente da tradicional. O conceito de aprender a aprender estava nascendo. Surgia neste momento uma revolução no processo de ensino e aprendizado esportivo.
A exemplo do Tim, John teve uma história de vida interessante, ele era piloto de automobilismo e parou com essa atividade por um bom tempo.
John Whitmore foi o principal incentivador de coaching, desenvolvimento de lideranças e de melhoria no local de trabalho em nível mundial. Um pensador preeminente no desenvolvimento de liderança e mudança organizacional.
Ele escreveu cinco livros sobre liderança, coaching e esportes, sendo Coaching para Performance o mais conhecido, com um milhão de cópias vendidas em 23 idiomas. Este livro apresentou ao mundo o modelo GROW, criado por Whitmore e seus colegas na década de 1980. GROW tornou-se ferramenta favorita dos gestores e treinadores em todo o mundo, graças a sua eficiência na resolução de problemas e definição de metas, ajudando a maximizar e manter a realização pessoal, prazer e produtividade.
No livro Coaching para Performance, John Whitmore afirma que o coaching não é uma simples técnica a ser transmitida e aplicada rigidamente em determinadas circunstâncias prescritas. É um modo de gerenciar, de lidar com pessoas, de pensar e de ser. Ele apresenta as habilidades que envolvem um bom coaching, e reforça a compreensão do imenso valor de liberar o potencial das pessoas para maximizar sua performance.
Tim Gallwey foi o primeiro a apresentar uma forma simples e compreensível de coaching a partir de suas experiências com o tênis, partindo do princípio que o nosso maior obstáculo não é o adversário, mas nossa própria mente. E ilustrou isso dizendo que Performance = Potencial – Interferência.
Com base nessa reflexão, podemos dizer que a essência do coaching é destravar o potencial de uma pessoa para maximizar sua própria performance. Então, o coaching foca nas possibilidades futuras e não nos erros do passado.
Os resultados do coaching vem dos insights que o coachee produz na medida em que as condições propícias são estabelecidas através do relacionamento e do estilo de comunicação.
As competências desenvolvidas não nascem do ensino, mas das descobertas feitas dentro do próprio coachee.
As premissas conceituais para esse movimento nasceram do trabalho de Abraham Maslow e Carl Rogers que inauguraram uma perspectiva mais otimista da psicologia em que a visão positiva do ser humano, sua autoestima e autoconfiança são as bases para o desenvolvimento e plenitude.
Como, sabemos, o ambiente de campeonatos como a Copa do Mundo exige muito dos atletas, não só física, mas emocionalmente já que todo atleta em algum momento precisa lidar com derrotas, pressões, desgaste físico e psicológico, buscando de forma incessante a superação de limites, quebra de obstáculos, rivalidade e tantas outras dificuldades e desafios.
O Coaching Esportivo é uma das ferramentas mais eficazes para orientar e conduzir os atletas e outras pessoas que atuam nesse ramo tão competitivo, ainda mais em campeonatos tão importantes como a Copa do Mundo. O principal benefício desse método é que ele ajuda os seus clientes a lidarem de forma positiva com as vitórias e derrotas, sem deixar que isso interfira em seu desempenho.
Desejo, para nossos atletas na Copa do Mundo de 2022, uma excelente atuação, que possam usufruir cada momento da competição, com o espírito de aprender a aprender, olhar para a jornada a cada partida, para que cada etapa os leve à possibilidade de atingirem o maior objetivo que é levar a taça.
Assim, finalizo meu último artigo de 2022 e um período de seis anos como colunista da Cloud Coaching, agradecendo o apoio recebido neste período tanto do Marcos Garbossa e do Jorge Luis Ribeiro, como de meus colegas colunistas e de nossos leitores.
Espero num futuro não distante poder voltar a escrever para este veículo tão importante onde pude aprender muito.
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Quer saber mais sobre Coaching Esportivo como uma das ferramentas mais eficazes para orientar e conduzir os atletas e outras pessoas que atuam nesse ramo tão competitivo, especialmente em uma Copa do Mundo? Então, entre em contato comigo. Terei prazer em responder e discutir com mais detalhes.
Um abraço,
João Luiz Pasqual
Coach Mentor Certificado
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