Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte IV)
Dando continuidade ao artigo publicado anteriormente sobre Cosmovisão Holossistêmica, hoje vamos à parte IV. Caso você não tenha lido a partes anteriores, então acesse: Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte I); Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte II) e Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte III).
Características da Cosmovisão Holossistêmica
Podemos destacar algumas características de uma Cosmovisão Holossistêmica, a saber:
1. A Realidade Absoluta e Processual
Vermos a realidade ao mesmo tempo como Absoluta e Processual:
- Realidade Absoluta – É a Fonte da Vida, é o Todo Aqui e Agora, Tudo acontece agora, neste instante. Não existe passado ou futuro. Isso nos dá uma sensação de plenitude, de assim sentir-nos integrados à Vida, ao Universo – é o Contido-Conter.
- Realidade Processual – É a percepção de que tudo está em movimento, nada é sólido, fixo, parado. Tudo está se transformando a cada momento. É assim a dinâmica do nosso dia a dia.
2. Tudo está em evolução
Esta percepção de que tudo está em evolução, tudo flui, se transforma, é dinâmico, recorrente, probabilístico, é libertadora. Nos permite transcender a visão mística da certeza do bem e do mal, bem como a visão mecanicista e cientificista da certeza do certo e do errado. Ambas concepções são estáticas, lineares, predeterminantes, onde um lado exclui o outro. Isso cria uma imagem discriminatória nas pessoas, por exemplo: nós os certos, eles os errados; nós somos fiéis, eles são os infiéis; a verdade está do nosso lado, etc. O mundo fica então dividido.
3. Tudo é probabilístico
Não há certezas, o que nos impulsiona é a busca de aperfeiçoamento, com a mente aberta para o novo, para a surpresa, para o deslumbramento diante do que emerge a cada momento em nossa vida.
4. Tudo também é cíclico e ondulatório
As coisas e os acontecimentos têm altos e baixos. Há fases de crescimento e fases de encolhimento. Tudo tem começo, meio e fim. Nada do que acaba desaparece, mas serve de suporte para novos ciclos. As experiências que vamos incorporando conscientemente vão compondo nossa sabedoria de vida. Vemos o Universo como Holístico – Tudo está ligado a tudo, tudo o que somos e o que expressamos se reflete em tudo, num compromisso total de interação-integração. A visão holística implica uma percepção do todo pulsando nas partes e as partes integradas num todo – captação gestáltica, perceptiva, intuitiva.
A abordagem holística é praticada no Oriente nas ciências e filosofias, há milênios, como é o caso da medicina com utilização da acupuntura, da yoga, medicina ayurvédica, do taoismo, do Reiki, etc. No Ocidente é que essa prática é relativamente nova, pois somente agora é que essa abordagem vem ganhando campo entre as ciências e filosofias ocidentais. No Ocidente vem sendo cada vez mais promovida por alguns pensadores como por exemplo: Fritjof Capra, Carlos Castañeda, Merylin Fergunson, David Bohm, Rudolf Steiner, Teilhard de Chardin, Edgar Morin, Waldemar de Gregori, Ken Wilbert e outros.
6. Nada existe isolado no Universo
Somos o reflexo do Universo e o Universo reflete quem somos. Em outras palavras, cada parte reflete o todo e atua sobre o todo em todas as suas expressões. Assim o que somos e o que fazemos interfere na vida do planeta e no Universo. Por isso, nós somos corresponsáveis por tudo que acontece. Dessa maneira, tudo que nós mudarmos em nossa vida de alguma forma estará mudando o mundo.
7. Todo sistema tende à entropia, ao desgaste.
No mundo processual nada é imortal, nada é eterno. Ao incorporar energia de outros efetuadores, o sistema tem um impulso sintrópico, isto é, vai se carregando de novas energias que resultam no processo evolutivo para formas cada vez mais complexas e sutis de vida. Mas estes processos também geram, simultaneamente, desgastes entrópicos. Aquilo que não serve mais para o sistema vai alimentar outros sistemas e gerar o permanente processo de renovação (o velho tende a morrer para dar espaço ao novo enquanto lhe serve de suporte).
Entender, através desta Cosmovisão Holossistêmica, que a Vida é cíclica, é probabilística, sem controle dos acontecimentos e que contemos e estamos contidos no Todo, na Fonte, dá-nos condições para sermos isomórficos, isto é, coerentes com a Vida, com o Universo.
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Renato Klein & Maria Luiza Furlan Klein
Adaptado por Marcos Wunderlich para Cloud Coaching
Mentalizadores do Sistema ISOR®
https://holos.org.br
Confira também:
Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte I)
Cosmovisão Holossistêmica: O que é e por que você precisa saber (parte II)
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