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O que você precisa de mim?

Quando conseguimos colocar as necessidades de uma criança, no centro de nossas atenções, as coisas funcionam com fluidez, leveza e ternura.

Criança, o que você precisa de mim?

Criança, o que você precisa de mim?

Dia 12 de outubro. Fim de tarde do Dia das Crianças. Redes sociais recheadas de fotos de crianças pequenas, maiores, de adultos quando eram crianças e adultos “atendendo, honrando, agradando” a sua criança interior.

Vamos entender o movimento desses últimos adultos?

Todos os seres humanos nascem iguais. É dizer que respondem filogeneticamente ao desenho original da nossa própria espécie: amorosos e ávidos de amor, sem moral, sem juízos de valor, sem teorias, sem filosofias e por fora da lógica do patriarcado.

Eu gosto de pensar que a cada criança que nasce, a humanidade inteira tem uma nova oportunidade, se nos dispusermos a olhar com calma e paciência para elas.

O problema é que essa criança depende física e emocionalmente da mãe, que está totalmente atravessada por essa cultura patriarcal, pela religião, mandatos familiares, os preconceitos, a repressão, a violência e todos os “tem que” morais e sociais.

Percebam…

A infância é o período da vida que, de fato, precisamos ser amados.

A adolescência é o período da vida que ensaiamos modelos para amar.

A vida adulta é o período da vida em que deveríamos amar genuinamente ao próximo. Seja nosso filho, filha, marido, mulher, pai, mãe, primo, gato, vizinho, colega de trabalho.

Qual é o problema?

Não fomos amados como precisaríamos quando de fato era o momento.

Quando adolescentes não pudemos ensaiar amar porque estávamos buscando nos encher de amor (e nessa busca, nos enchemos de qualquer coisa, por exemplo: drogas, álcool, comida, ar). E quando nos tornamos adultos não somos capazes de amar, porque nunca o tivemos.

E, por isso, seguimos reclamando amor. Temos corpo de adulto, mas emocionalmente ainda somos crianças buscando o amor da mãe (que depois vai aparecer deslocado como busca por sucesso, reconhecimento, dinheiro, aplauso, status, segurança, fome, doença).

A questão é que comer chocolate, Nutella, pizza, voar de balão ou saltar de paraquedas não vai dessa maneira atender essa sua criança ferida.

Agora, quando conseguimos colocar as necessidades de uma criança, milimetricamente no centro das nossas atenções (isso é amar verdadeiramente), então as coisas funcionam com fluidez, leveza, ternura. Nós também podemos através de cada criança, de cada filho, recuperar a ternura que perdemos.

Percebam que isso é uma mudança de sistema. É sair de um sistema desenhado para o conforto do adulto trabalhador para um sistema que coloca a criança de fato no centro. E, paradoxalmente, quando eu atendo às necessidades do outro (do meu filho, marido, amigo, cliente) eu então me sinto preenchido e com alma transbordante. É isso que diz o jargão “dar para receber”.

Isso é amar. E o nosso amor para o outro, nos preenche.

Muito embora já existam pessoas trabalhando nessa direção, essa mudança não se produz com um punhado de vontades.

Provavelmente precisaremos algumas gerações de pessoas conscientes para que se produza uma mudança efetiva.

Quer dar um presente significativo para o seu filho?

Nem precisa esperar o próximo Dia das Crianças. Pode começar hoje mesmo…

Então pergunte pra ele ou pra ela: “O que você precisa de mim?”

A mudança de cada uma de nós, é uma nova semente, semeada em terreno fértil.

Gostou do artigo? Quer saber como colocar a criança no centro das atenções? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Liz Cunha
https://www.lizcunha.com.br/

Confira também: Crianças obedecem. Adultos se posicionam

 

Liz Cunha Author
Liz Cunha é Profissional de Eneagrama, acreditada pela International Enneagram Association, dos Estados Unidos e associada da Awareness to Action, desenvolvendo o Programa Personalities@Work no Brasil. Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior. MBAs nas áreas de Gestão de Comércio Exterior, Negociação Internacional e Marketing – pela Fundação Getúlio Vargas. Master Oficial em Administração e Direção de Empresas pela Universidad Pablo de Olavide (Espanha). Possui formações em Personal & Professional Coaching, Executive Coaching e Xtreme Positive Life Coaching, Psicologia Reichiana. Certificações internacionais em Eneagrama Profissional, Liderança e Coaching. Atualmente cursa a Especialização em Biografia Humana. Há mais de uma década estudando o SER humano e em busca do próprio autoconhecimento. Hoje atua como Coach, ministra palestras e workshops voltadas ao desenvolvimento e constante evolução do ser humano.
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