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A Crise de liderança

Quando tudo parece bem e sob controle, liderar parece tarefa fácil. Numa economia estável e previsível, é mais fácil tomar decisões, mas é em períodos de crise que se revelam os verdadeiros inspiradores de equipes.

Quando tudo ao redor parece bem e sob controle, liderar parece tarefa fácil. Numa economia estável e previsível, é mais fácil tomar decisões, já que mesmo as ruins acabam diluídas nos bons resultados. É mais agradável optar por investimentos do que cortá-los. É mais agradável contratar e desenvolver equipes do que demitir.

Dá até para pensar que os profissionais que ocupam posição de chefia são bons líderes, mas é somente em períodos de crise que se revelam os verdadeiros inspiradores de equipes.

Há várias teorias sobre liderança, mas o que há de comum em todas elas é que líderes não se omitem. Eles se mostram mais próximos de suas equipes, falam aos seus subordinados, apontam soluções depois de deliberar sobre os problemas.

Mesmo com incertezas, porque são também humanos e nem sempre possuem todas as variáveis sob controle, eles assumem riscos. Por vezes, precisam realizar medidas drásticas para o negócio e tomam as decisões necessárias não pensando somente nos lucros imediatos, mas estrategicamente a longo prazo. São honestos em seus propósitos e transparentes em suas ações.

Líderes acreditam que o futuro será melhor apesar das adversidades e conseguem criar um cenário pós-crise com base em dados da realidade atual e tendências. Transmitem essa percepção de futuro para seus liderados através de planos de ação e não apenas com ideias soltas e sem conexão.

Não é difícil confundir visionários com loucos. A diferença reside exatamente em realizar, transformar a visão em realidade. Os liderados, ao compreenderem este cenário, entendem que caminho devem seguir para superar o período adverso.

Como os bons líderes fazem isso? Eles se cercam de pessoas competentes em suas áreas de atuação, que possam complementar sua percepção de mercado e de mundo. Eles buscam constante autodesenvolvimento.

Eles se comunicam com clareza e objetividade, são exigentes consigo mesmos e com suas equipes, sabem o que querem, não se intimidam com dificuldades, reconhecem os esforços e a dedicação do seu time e, com tudo isso, mesmo sem querer, acabam sendo inspiradores.

Que a crise sirva ao menos para isso! Ficarei feliz de ver bons líderes se sobressaindo.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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