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Demissão respeitosa

Todo mundo sabe que um dia precisará ser desligado ou se desligará. É o ciclo. Ser honesto em relação aos motivos do desligamento seria muito justo, pois pessoas são desligadas e não sabem exatamente a razão.

“As pessoas são o maior patrimônio das organizações”, essa é a celebre frase que empresários e executivos repetem à exaustão e, às vezes, em algumas pouquíssimas empresas consigo perceber alguma verdade nela.

Infelizmente, minha área de atuação me coloca diante, com frequência, de um outro lado das pessoas. Ouço colegas da área de RH dizendo que entre seus maiores desafios está a seleção e a retenção de talentos. O quanto a combinação das estratégias organizacionais com o capital humano faz com que a empresa obtenha sucesso. É bem verdade. O que seria das empresas sem gente?

Porém, chega o momento em que esse talento que contribuiu para o tal sucesso não é mais necessário. Todo mundo sabe que um dia precisará ser desligado ou vai se desligar. É o ciclo. Empregos não são para toda vida.

A experiência de demitir está, sem dúvida, entre as mais difíceis. Nunca é fácil desligar alguém, por pior que seja o desempenho da pessoa, por mais feedbacks e avisos que você tenha dado. Por isso mesmo é que o setor de RH das empresas deveria se atentar para esse momento delicado e muitas vezes doloroso para aquele que foi até ontem um colaborador.

Ser honesto em relação aos motivos do desligamento seria muito justo. Acreditem: as pessoas são desligadas e não sabem exatamente a razão. O processo de desligamento nas empresas pode ser bem confuso, sem muitas orientações ou sugestões de apoio ao demissionário. Às vezes pequenos erros, como a digitação do número da carteira de trabalho, fazem com ele passe por sacrifícios para conseguir os benefícios. Uma situação que provoca desgaste, mágoa e processos trabalhistas.

Assim, penso que as empresas poderiam dar mais atenção e suporte para os gestores, muitas vezes sem tato algum, para lidar com essa situação e incluir pequenas ações, como orientações, além de atenção ao processo de desligamento.

Vale considerar o reconhecimento pelo tempo dedicado e pelos trabalhos realizados, pensando que seu ex-maior patrimônio, pode ser excelente divulgador das boas práticas da empresa onde ele colaborou.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
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