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Pesquisa Global Aponta: Os Principais Desafios das Mulheres no Mercado de Trabalho

A pesquisa Women @ Work 2024 revela desafios alarmantes para as mulheres no trabalho, incluindo o aumento do estresse e o estigma da saúde mental. Entenda como esses problemas afetam a vida profissional e pessoal.

Pesquisa Global Aponta: Os Principais Desafios das Mulheres no Mercado de Trabalho

Pesquisa Global Aponta: Os Principais Desafios das Mulheres no Mercado de Trabalho

Neste artigo quero falar sobre a pesquisa da Delloite – Women @ Work 2024. Vou trazer para vocês os dados apurados e falar especificamente de um deles, que considero mais alarmante do ponto de vista da autoliderança: O esgotamento continua a diminuir, porém o aumento dos níveis de estresse e o estigma da saúde mental no local de trabalho persistem.

Abaixo estão os tópicos pesquisados e deixo o link para avaliação completa:
https://www.deloitte.com/br/pt/services/consulting/research/pesquisa-mulheres-trabalho.html

  • As mulheres acreditam que os seus direitos estão se deteriorando
  • Distúrbios menstruais, menopausa e desafios de fertilidade estão afetando as mulheres, mas muitas se sentem incapazes de tirar uma folga ou procurar apoio
  • As mulheres ainda detêm a maior responsabilidade nas tarefas domésticas e, cada vez mais, no cuidado de outros adultos
  • As organizações ainda não estão fazendo progressos suficientes na igualdade de gênero e a cultura empresarial pode impedir as mulheres de quererem assumir cargos de liderança
  • As organizações ainda não estão fazendo progressos suficientes na igualdade de gênero e a cultura empresarial pode impedir as mulheres de quererem assumir cargos de liderança
  • As mulheres sentem-se menos apoiadas pelos seus empregadores para equilibrar as suas responsabilidades profissionais com os seus compromissos fora do trabalho.
  • As mulheres estão preocupadas com a sua segurança no trabalho, enquanto muitas ainda enfrentam assédio e microagressões.
  • Lideranças de igualdade de gênero estão acertando, mas não são suficientes.

O esgotamento continua a diminuir, porém o aumento dos níveis de estresse e o estigma da saúde mental no local de trabalho persistem

As mulheres brasileiras relatam níveis semelhantes de esgotamento e níveis de estresse ligeiramente mais elevados do que as suas congêneres globais. As mulheres brasileiras pertencentes a grupos étnicos minoritários apresentam níveis de estresse mais elevados e são significativamente menos propensas a obter apoio adequado de saúde mental de seus empregadores ou a se sentirem confortáveis para discutir saúde mental no local de trabalho.

Nos últimos anos, observamos uma tendência encorajadora: os índices de esgotamento profissional, ou burnout, têm diminuído em várias empresas. Esse declínio pode ser atribuído a diversas iniciativas implementadas pelas empresas, como políticas de bem-estar, horários de trabalho mais flexíveis e uma maior conscientização sobre a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. No entanto, apesar dessa redução no burnout, outros desafios emergem com força no ambiente corporativo: o aumento dos níveis de estresse e o estigma persistente em torno da saúde mental.

O Panorama Atual do Burnout

O burnout, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e uma sensação de ineficácia, era um problema crescente antes da pandemia de COVID-19. A combinação de pressões do trabalho remoto, inseguranças econômicas e o isolamento social durante a pandemia exacerbou a situação. Isso levou a uma crise de saúde mental em larga escala. No entanto, as empresas, percebendo a gravidade do problema, começaram a implementar estratégias voltadas ao bem-estar de seus funcionários.

Entre as medidas adotadas, destacam-se a promoção de uma cultura organizacional mais humana, o incentivo à pausa e desconexão durante o expediente. Além disso, o aumento do acesso a recursos de apoio psicológico. Essas intervenções contribuíram para a redução dos casos de burnout, sinalizando um progresso importante na luta contra o esgotamento profissional.

Paralelamente à redução do burnout, os níveis de estresse no local de trabalho permanecem elevados e, em alguns casos, continuam a crescer.

Isso pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a pressão por desempenho, a incerteza econômica e a sobrecarga de responsabilidades. Especialmente em contextos de trabalho remoto ou híbrido.

O estresse crônico, diferente do burnout, pode não resultar imediatamente em exaustão total, mas tem impactos significativos na saúde mental e física. O aumento da expectativa de produtividade em tempos de crise econômica contribui para um ambiente onde o estresse se torna uma constante, prejudicando a qualidade de vida e o bem-estar geral.

Apesar dos avanços no combate ao burnout e na promoção do bem-estar, o estigma em torno da saúde mental no local de trabalho ainda é um problema crítico. Muitas pessoas relutam em buscar ajuda ou falar sobre suas dificuldades emocionais por medo de serem julgadas, estigmatizadas ou até mesmo prejudicadas em suas carreiras.

Esse estigma se manifesta de várias formas. Vão desde comentários desinformados até a exclusão de funcionárias que se identificam como vulneráveis em relação à sua saúde mental. Além disso, a falta de políticas claras e a ausência de uma cultura de apoio podem reforçar a ideia de que cuidar da saúde mental é um sinal de fraqueza.

O Caminho a Seguir – autoliderança como caminho a seguir.

Para que as organizações possam realmente enfrentar esses desafios, é necessário um compromisso contínuo com a saúde mental e o bem-estar das pessoas. Isso inclui a criação de ambientes de trabalho onde o estresse seja, de fato, gerido de forma eficaz. E onde se sintam seguras para discutir suas preocupações sem medo de represálias.

Além disso, é essencial que as lideranças se posicionem ativamente contra o estigma, promovendo uma cultura de inclusão e apoio. Programas de sensibilização, treinamentos e a oferta de recursos acessíveis para a saúde mental são passos fundamentais para quebrar o ciclo de estresse e estigma que ainda persiste em muitas empresas.

Outro ponto, o que precede um bom líder é um ser humano que se conhece profundamente. É necessário investir no processo da autoliderança, conhecer suas competências, forças e gaps. Quando a liderança se posiciona com base nos seus melhores valores e qualidades internas e se disponibiliza a escutar ativamente e acolher sem julgamento as pessoas da empresa, sua atitude ecoa nas demais, promovendo um ambiente mais saudável.

Embora o declínio do burnout seja um avanço significativo, o aumento dos níveis de estresse e o estigma em torno da saúde mental no local de trabalho revelam que ainda há muito a ser feito. As empresas devem continuar a investir em políticas que promovam o bem-estar, ao mesmo tempo em que trabalham para criar um ambiente onde todos se sintam valorizados e apoiados. Somente assim poderemos construir locais de trabalho mais saudáveis e sustentáveis para todos.

Gostou do artigo?

Quer saber mais conversar mais sobre os desafios da mulher no mercado de trabalho? Entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.

Até a próxima!

Luciana Soares Passadori
https://www.passadori.com.br

Confira também: Letramento Masculino sobre a Liderança Feminina: De que forma as empresas estão abordando esse tema?

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Luciana Soares Passadori é mentora, coaching de desenvolvimento humano e facilitadora de autoliderança, liderança integral e liderança situacional. Possui vasta experiência no atendimento de grandes empresas para desenvolvimento de soluções em treinamentos comportamentais. Realizou a formação em Coaching Integrado – Coaching Executivo, Life Coaching pelo ICI Integrated Coaching Institute – Credenciado pelo ICF International Coach Federation, formação em DISC Profiler Solides e formação em Mentoria pela Enora Leader, formação em liderança feminina com Sally Helgesen. Criou e conduz, juntamente com Reinaldo Passadori, o curso Autoliderança Transformadora que tem um modelo de programa de autodesenvolvimento que potencializa as competências profissionais e pessoais. Advogada de formação, pós-graduada em Psicologia Transpessoal e especializada em Psicologia Forense. Iniciou sua jornada na carreira jurídica, onde atuou com Direito de Família por 12 anos. É Diretora estratégica do IVG, participa do comitê executivo do Programa Mentoria Colaborativa – Nós Por Elas do Instituto Vasselo Goldoni. E coautora do livro Mentores e suas histórias inspiradoras – Editora Leader.
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