Compaixão não é somente um sentimento, é também atitude e, felizmente, sua importância e seus benefícios começaram a ser reconhecidos a partir de pesquisas no ambiente organizacional, incentivando esta atitude em líderes que estão se tornando cada vez mais compassivos.
A compaixão é uma habilidade que pode ser desenvolvida, treinada. Ela é mais do que a empatia, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro e reconhecer como ele se sente. Compaixão envolve a ideia de verdadeiramente desejar que o outro não vivencie situações de sofrimento, se sinta bem, tenha suas necessidades essenciais atendidas e seja feliz.
O mais desafiador, e ao mesmo tempo transformador, para uma liderança compassiva talvez seja o trabalho individual do líder, deixando de olhar apenas para si mesmo e seus problemas individuais, ou da empresa, para olhar e escutar o outro.
Um estudo realizado por Jonathan Haidt, da New York University, indica que quanto mais os colaboradores admiram seus líderes e quanto mais são motivados pela compaixão e bondade, mais leais eles se tornam. A compassividade constrói relações de mais afeto, de encorajamento, de lealdade e confiança. E, ao contrário da repressão ou punição, abre espaço para a criatividade e para que os funcionários continuem engajados e sugerindo novas ideias.
Como podemos então reagir de maneira mais compassiva diante de um erro grave?
1. Conte até 10
Contar até 10 é maneira de dizer. A ideia é esperar um tempo para que você possa reconhecer a sua emoção e não reagir a partir dela. Dr. James Doty, neurocirurgião da Stanford University e diretor do Centro de Pesquisa para Solidariedade e Altruísmo da Stanford University diz: “Ao voltar um passo, reservando tempo para refletir, você entra em um estado mental que possibilita uma resposta mais consciente, razoável e plausível.”
2. Coloque-se no lugar do outro
Empatia envolve também o reconhecimento das necessidades do outro. Podemos identificar situações similares pelas quais também passamos a nos lembrar dos efeitos emocionais do constrangimento, da punição ou da repressão e, assim, refletir antes de reagir.
Uma habilidade que pode ser treinada
Compaixão na liderança gera muitos benefícios para as relações dentro da organização. O treinamento dessa habilidade passa pelo autodesenvolvimento. A prática de meditação tem sido muito indicada para que possamos reconhecer as nossas emoções e lidar melhor com nossa maneira padrão de reagir a elas.
Você consegue se lembrar de alguma situação em que reagiu a partir da frustração e da raiva e que poderia ter sido mais compassivo?
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