Distúrbios Mentais: O Coração no Combate à Nova Pandemia
O mês de setembro, que traz o florescer da primavera, traz também duas datas que convidam à reflexão.
O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e serviu de inspiração para a criação do Setembro Amarelo, um mês dedicado a discussões sobre transtornos mentais, como por exemplo a depressão, uma das principais causas de suicídio.
E, sincronicamente, 29 de setembro é o “Dia Mundial do Coração”. A data foi criada pela Federação Mundial do Coração (World Heart Federation) como forma de conscientizar a população sobre a importância de se manter um estilo de vida saudável para evitar doenças cardíacas.
Os dados de depressão e ansiedade no Brasil, e no mundo, são alarmantes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil ocupa o 1º lugar em casos de transtornos de ansiedade e 5º lugar em casos de depressão¹.
O que já vinha sendo alarmante, escancarou na pandemia do Covid19, trazendo a saúde mental para o centro das discussões. O resultado é mais depressão, mais ansiedade, mais sintomas de estresse e, um distúrbio mental que pode perdurar por gerações, os traumas decorrentes do que vivenciamos na era coronavírus.
Como aprendemos a lidar com o Covid, estamos nos unindo enquanto humanidade para lidar com os efeitos dessa nova pandemia de saúde mental. Muitas ações estão sendo realizadas por empresas, governos, escolas e diversos players da sociedade.
E nós, indivíduos, como cuidar da nossa própria saúde mental? E como lidar com o desequilíbrio mental do outro?
O coração é a resposta. Sim, a coerência do coração.
O HeartMath, instituto americano que estuda há 30 anos o papel do coração na regulação física, mental e emocional de pessoas e grupos, desenvolveu uma metodologia com base cientifica, com técnicas especialmente desenhadas para nos ajudar a gerenciar as emoções que provocam estresse, ansiedade e depressão.
Na verdade, não são as situações da vida que geram tais distúrbios mentais, mas a forma como reagimos a eles. Para cada indivíduo a interpretação do mundo é diferente. Quando mais resilientes formos, menos permitimos que os fatos e situações impactem negativamente o nosso corpo e a nossa mente.
O HeartMath identificou o estado psicofisiológico de coerência cardíaca, que podemos acessar facilmente por meio de ferramentas simples, “on the go” e que, com o tempo e com a prática, reduz e neutraliza os efeitos das emoções desgastantes no nosso sistema, prevenindo e transformando, de forma perene, o estresse, a ansiedade e a depressão.
Um estudo realizado com 11.900 pessoas que praticaram as técnicas do sistema HeartMath por 6 a 9 semanas, demonstra uma redução de 56% de depressão e 46% de ansiedade. E melhora significativa de sintomas de estresse como dificuldade de foco, sono e fadiga.
Quando estamos no estado de coerência cardíaca, promovemos o alinhamento coerente dos nossos sistemas físico, mental e emocional. Nossos sistemas nervoso, endócrino e hormonal passam a funcionar em sincronia, e coração e cérebro passam a operar em cooperação energética. O treinamento desse estado desenvolve nossa resiliência, incrementando a nossa compostura interna para processar os desafios da vida com menos impacto no nosso corpo e na nossa mente.
Se por um lado desenvolvemos a capacidade de se preparar e se adaptar ao estresse, também nos tornamos mais resilientes e compassivos em relação ao desequilíbrio emocional e mental dos outros.
Sim, todos passamos por muitas coisas nestes últimos anos: a fragilidade da vida, a perda de pessoas queridas, o medo de contrair o vírus, as inseguranças de um modo de vida diferente no trabalho, nas relações, na educação… enfim, enfrentamos, cada um do seu jeito, a complexidade desta era.
E assim como o Covid entrou na nossa vida como notícia e chegou nos nossos lares e corpos, os distúrbios mentais têm ficado mais presentes no nosso dia a dia.
Pelo coração, podemos desenvolver a escolha de reduzir a intensidade e a carga negativa emocional dos significados que atribuímos aos desafios da vida. E assim, entrar em um novo patamar de equilíbrio, de forma perene, manifestando o sentimento de segurança e harmonia. E neutralizando os efeitos do estresse, depressão, ansiedade, medo, fadiga.
Além disso, o campo eletromagnético formado por um coração coerente é irradiado para os ambientes e pessoas com quem interagimos, contagiando-as com frequências regeneradoras, que são percebidas pelo sistema nervoso o que contribui com o equilíbrio do outro, segundo as pesquisas.
Então vamos fazer a nossa parte. Pela nossa saúde mental e para acolher na tolerância do coração o distúrbio do outro.
Como entrar em coerência:
- Traga a sua atenção para o coração ou para a região do centro do seu peito;
- Passe a respirar mais lenta e profundamente que o normal, em um ritmo confortável para você. Um ritmo de forma que o tempo de inspiração e expiração sejam parecidos;
- Ative emoções regeneradoras, aquelas que te fazem bem, e respire-as no seu coração.
Nestes tempos de desequilíbrio, pratique muito, alguns poucos minutinhos várias vezes por dia. Mesmo quando estiver caminhando, trabalhando, dirigindo… em qualquer momento e em qualquer lugar. Quando puder, pratique por mais tempo, por volta de 10 minutos. Dessa forma, você estará desenvolvendo uma nova linha de base, mais coerente, mais resiliente.
Ao se deparar com o desequilíbrio alheio, acesse o seu estado coerente e irradie para outro, criando um HeartSpace. Um campo amoroso de acolhimento no seu coração que irá, em maior ou menor intensidade, contribuir assim para o bem-estar da pessoa em sofrimento.
Que possamos nos unir em um movimento pela coerência dos corações da humanidade.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre Distúrbios Mentais e a Coerência do Coração no Combate à Nova Pandemia? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Roberta Moreira Lima
https://www.linkedin.com/in/robertam1
¹OMS 2020
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