“Afinal, o que as mulheres querem?”
Esta célebre frase foi dita por Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, para mostrar sua percepção do quanto é difícil entender essa entidade chamada Mulher, seus pensamentos e desejos.
Parecemos tão frágeis e ao mesmo tempo fortes, submissas e independentes, decididas e confusas. Uma dualidade permanente que nos remete a analisar todos os fatos através de perspectivas diferentes e assim somos seres únicos, especiais e sensíveis.
Embora ainda exista uma cultura de dominação, onde a mulher se vê prisioneira de dogmas que não respeitam essa sensibilidade, cada vez mais ganhamos espaço para realização pessoal e profissional, com equidade de atribuições e ganhos, mas ainda insipientes.
Agora pergunto: o que seria do mundo sem as mulheres?
Em primeiro lugar, o mundo não existiria, é a mulher que procria, que dá vida a outro ser humano, nesse processo o homem é um coadjuvante. Até hoje, a mulher pode ser substituída em qualquer coisa menos neste processo, mas a ciência pode inventar outra forma não natural.
Se as mulheres resolvessem fazer greve por um dia de seus afazeres, domésticos ou corporativos, o mundo entraria em colapso. O fato é: sua sensibilidade torna o mundo um lugar mais aprazível, nem sempre tão sensato dentro da perspectiva masculina.
Por não serem compreendidas em seus desejos e pensamentos, ainda são submetidas a supremacias de muitos homens que as desrespeitam e por quem são violentadas, agredidas e mortas.
No campo corporativo, o número de mulheres que ocupam um alto escalão ainda é diminuto. Os salários, na maioria dos postos de trabalho, ainda são 50% abaixo dos mesmos cuja ocupação é masculina. Vale ressaltar que as mulheres negras ainda sofrem maior discriminação e assédio.
Durante a pandemia, mulheres em relações conjugais com parceiros violentos passaram a ser mais vulneráveis, principalmente pela dependência econômica.
Mulheres sem companheiros e responsáveis pelo sustento e educação dos filhos, durante a pandemia, se viram sem local onde deixar os filhos para continuarem suas atividades profissionais, precisaram se desdobrar ainda mais em suas funções, sejam pessoais ou profissionais.
Observa-se um movimento, onde companheiros homens, procuram dividir as atividades domésticas e também a educação e cuidados com os filhos. As mudanças estruturais da sociedade ocorrem a passos de tartarugas. E assim as próximas gerações poderão senti-las.
O respeito à mulher só será alcançado efetivamente em uma sociedade mais justa. Onde seus direitos possam ter equidade com o sexo oposto. E isso passa também por ações governamentais em diversos âmbitos.
Muitas protagonistas individualmente ou em seus grupos familiares e sociais, buscam uma forma de reverter essa ordem e êxitos alcançados ao longo da história da humanidade.
Estamos no mês da mulher, onde podemos comemorar alguns ganhos, mas ainda insipientes, vale lembrar o exemplo ocorrido numa casa legislativa deste País, quando um parlamentar, que mesmo sob a vigilância das câmeras, comete um assédio a uma colega.
O fato é que embora nem sempre sejamos compreendidas e reconhecidas em nossos papeis, fazemos a diferença para um mundo melhor.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o que as mulheres querem? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Natalia Marques
Psicóloga, Coach e Palestrante
http://www.nataliamantunes.com.br/
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