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Empatia: Será que paramos de nos ouvir?!

Coletivamente falando, passamos tanto tempo defendendo opiniões que deixamos de nos ouvir de fato. Afinal, será que jogamos fora a nossa empatia?!

Empatia: Será que paramos de nos ouvir?!

Empatia: Será que paramos de nos ouvir?!

Há semanas enfrentamos desafios decorrentes de uma pandemia. Apesar da história narrar episódios semelhantes, são registros tão distantes das gerações atuais, potencializando o estresse de todos nós inexperientes frente a tais acontecimentos e perdas.

Um cenário de incertezas quanto à saúde física, refletindo na saúde mental e emocional. Além da insegurança econômica que assombra a todas as pessoas, de todas as classes, de todas as idades.

Mas será que todo o desconforto resulta exclusivamente da ameaça do Corona Vírus?

Mergulhando em redes sociais e diversos grupos de aplicativos de mensagens tenho observado recorrentes discussões acaloradas pelo extremismo das opiniões. Muitos discursos defendendo diferentes medidas, alimentando uma suposta dicotomia que nos impõe um dilema: escolher entre a vida e a saúde das pessoas ou a economia e continuidade de muitas empresas.

Mas até que ponto devemos escolher entre estas duas opções?

O pensamento extremista, dividido entre extremos nos paralisa e impede a busca por caminhos alternativos que poderiam nos salvar de uma grande catástrofe. Além disso, alimenta em nós um pensamento “vitimista” que condena nossos líderes a escolher entre boas medidas que podem custar toda a simpatia popular, ou medidas populares que agradam aos eleitores, mesmo que prejudiquem nosso povo a médio e longo prazo.

Se levarmos em consideração os efeitos nocivos da última eleição presidencial no Brasil, ainda presente nos diálogos de muitos, torna-se ainda mais difícil romper com esta lógica dicotômica, nos distanciando de boas soluções.

Antes que você questione meu pensamento, ressalto que não me agrado do pensamento utilitarista que norteia aqueles que defendem a economia acima do povo. Mas não penso que poderemos salvar a todos. E sem que cuidemos da economia, o estrago em médio e longo prazo certamente trará horrores ainda maiores que a doença do momento.

O que então proponho a todos nós? Que voltemos a nos ouvir. Coletivamente falando, passamos tanto tempo defendendo opiniões que deixamos de nos ouvir de fato. Afinal, será que jogamos fora a nossa empatia?!

Segundo o dicionário, empatia é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende. Para a Psicologia, empatia é um processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro. Para a Sociologia, empatia é uma forma de cognição do eu social mediante três aptidões: para se ver do ponto de vista de outrem, para ver os outros do ponto de vista de outrem ou para ver os outros do ponto de vista deles mesmos.

Sem que exerçamos nossa empatia, dificilmente alcançaremos boas medidas para tratar todas as consequências desta pandemia que enfrentamos hoje.

Muitos afirmam que não sairemos os mesmos desta experiência. Eu tendo a concordar. Mas quem queremos ser ao final deste processo?

Precisamos resgatar nossa capacidade de nos ouvir e de nos aceitar. Não se trata de concordar em tudo. Mas flexibilizar pensamentos para que possamos somar e não mais subtrair.

Precisamos nos ouvir!

Sheila Berna
https://www.sheilaberna.com.br/

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Sheila Berna Author
⚙️ Sheila Berna
Sheila Berna é Psicóloga pela USP, Especialista em Orientação de Carreira pela USP, Master Coach pela FEBRACIS, Consultora e Palestrante. Com mais de 12 anos de experiência em atendimento individual, há 5 anos trabalha desenvolvendo lideranças e equipes. Residente do Vale do Paraíba, atuou em diferentes projetos da região assim como em São Paulo e Rio de Janeiro. Empreteca, apoia o movimento dos Empretecos do Vale do Paraíba, contribuindo para a organização de eventos relevantes ao empreendedorismo da região.
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