É sempre difícil descrever o momento presente. Estamos imersos no caldo da nossa cultura, temos o olhar viciado e só conseguimos ver aquilo que nos afeta de maneira intensa. Às vezes, nem assim. Adoecer pode ser o sinal.
Como consultora de carreira, entre as queixas mais frequentes, ouço sobre a péssima qualidade no relacionamento entre gestores e equipes. Os ambientes empresariais estão cada vez mais doentes: as pessoas não se entendem e transformam a vida no escritório em guerra declarada.
O que torna o ambiente doente são muitos fatores, entre eles a alta competitividade entre pessoas – não necessariamente pelos melhores resultados do negócio.
Há também cobranças por resultados sem o devido apoio financeiro, material ou humano para sua realização, pressão por prazos quase sempre irreais, assédio moral e ameaças veladas ou não.
Segundo o manual do Ministério da Saúde sobre doenças relacionadas ao trabalho, “ambientes que impossibilitam a comunicação espontânea, a manifestação de insatisfações e as sugestões dos trabalhadores em relação à organização ou ao trabalho desempenhado provocarão tensão e, por conseguinte, sofrimento e distúrbios mentais”.
Ainda segundo o manual, com frequência, o sofrimento e a insatisfação do profissional manifestam-se, além das doenças, pelos altos índices de absenteísmo, pelos conflitos interpessoais e pelo trabalho extra. Inclua-se nas consequências do problema também tensão, fadiga e esgotamento profissional ou “burn-out” (síndrome do esgotamento ou estafa).
Como se chega a esse estado? Como melhorar as relações e a comunicação entre as pessoas da sua equipe para transformar o habitat diário em um lugar com mais satisfação e realização? Quais são, na sua empresa, os principais fatores que dificultam a comunicação? O que você pode fazer diferente para melhorar isso?
Responder a essas questões pode ajudar a traçar um plano de ação e os resultados podem ser surpreendentes, se você iniciar pela escuta.
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