Encontrando Meu Lugar: Uma Jornada de Autodescoberta!
Qual é o meu lugar? Qual é o meu lugar?
Essa pergunta que martela minha cabeça há anos, se intensificou nos últimos meses. Ao aceitar “a oportunidade que sempre esperei na vida”, simplesmente meu mundo virou de pernas para o ar.
Eu, empreendedora do conhecimento, ativista de aprendizagem, desenvolvimento e mudança, entusiasta do Eneagrama, Astrologia, Xamanismo, estudiosa da Biografia Humana, Design, Comunicação e Comportamento, dona do meu tempo e das minhas escolhas, recebi então um convite extremamente atrativo para estruturar o setor de desenvolvimento em uma indústria com aproximadamente 400 funcionários. Era a minha chance de colocar em prática o que tenho ensinado nos últimos 10 anos.
Desafio aceito. Entusiasmo. Mil ideias. Gente do bem, que confiam no meu trabalho. Não tinha como dar errado.
Assumo o cargo e então uma sensação estranha. Deslocada. Criatividade não estava fluindo como antes. Um peso, uma angústia. Estresse, insônia. Nunca consegui realmente fazer o ‘onboarding’ internamente. Dedicada até o último fio de cabelo e me sentindo sempre devendo, nunca à altura da expectativa.
Como isso? Não podia ser… Eu tinha todas as qualificações para contribuir, mas me sentia impotente.
Talvez esse não seja o meu caminho, eu pensava. Mas me recusava a aceitar, que ali, nesse lugar que eu sempre quis estar desde que me formei, não fosse pra mim.
Demorou alguns meses para eu entender: esse é lugar de outro. Esse é o lugar idealizado pela menina que eu fui, mas não para mulher que hoje eu sou.
O lugar do outro só tem força para o outro.
Tem história, ancestralidade, dores, crenças que ele sabe lidar e que para ele são impulsionadoras.
Nesse novo lugar eu tinha deixado de ser eu: alegre, altiva, leve, diferente, livre.
Talvez você ainda não enxergue, assim como eu não enxergava, mas a sua força está em ser você.
E o melhor lugar para estarmos é o nosso.
A vantagem do pequeno é se saber pequeno. Fazer as coisas que faz com o melhor do seu universo. Começar do seu lugar. Dizer sim para si, para sua história, para suas escolhas e ao mesmo tempo para seu caminho. Não dá para começar grande. E isso não quer dizer que devemos estacionar.
De fato, existe um ponto comum: diante de algo maior, nós temos o mesmo tamanho. É arrogante querer ser maior do que se é. Quando estou arrogante já não posso ver o outro e o outro já não me vê.
Querer ser o que não somos é deixar de tornar-se.
E o que me levou à decisão de voltar para o meu lugar, além de todos os sinais que eu já estava observando, foi uma frase que eu li aleatoriamente na rede social: “o dia que compreendi que a única coisa que levo é o que vivo, comecei a viver o que quero levar”.
Em algum momento, talvez eu tenha desejado ser outra pessoa. Mas naquele instante senti a força de estar no meu lugar e entendi que é brilhante ser quem sou: aquela que chega chegando, que não manda recado, que fala verdades por vezes incompreensíveis, curiosa que estuda e entende de mil e uma coisas, altiva e perspicaz. Que sabe ser amorosa, presente e disponível. Que sabe ser ventania quando precisa.
E também sabe se retirar.
E foi isso que fiz, me retirei.
Recusei o cargo dos sonhos e então parei de questionar.
Eu finalmente senti que encontrei onde é o meu lugar ❤️
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Liz Cunha
https://www.lizcunha.com.br/
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