Nunca se falou tanto em engajamento dentro do mundo corporativo. Há 15 anos falar de engajamento nas empresas estava relacionado a programas de bem-estar e de qualidade de vida. Estava conectado à área de Recursos Humanos e os gestores pouco se envolviam nestes temas.
Contudo, existem muitas pesquisas que apontam prejuízos financeiros em grandes corporações pela falta de engajamento e retenção dos talentos, o que liga um alerta na liderança: Como manter o time motivado e engajado?
A motivação é intrínseca, ou seja, você apenas estimula as pessoas e não as motiva. O mundo mudou e desta forma, o engajamento das pessoas também mudou.
Quando falamos sobre motivação, um caminho mais atual é o trabalho da motivação 3.0 desenvolvido pelo Daniel Pink. Mas faz-se necessário contextualizar como líderes e empresas ainda atuam com suas equipes.
A motivação 1.0 tem foco no atendimento das necessidades básicas. A pirâmide de necessidades de Maslow como base para engajar as pessoas, onde o primeiro passo é a sobrevivência. As empresas valorizam o salário em dia, condições de trabalho e, na sequência, a questão de reconhecimento. Será que este modelo nos dias atuais funciona? Será que isso não é o kit básico que todo líder e empresa deveria ter?
Já a motivação 2.0 prioriza as recompensas e punições. Coloca a cenoura e dá o chicote buscando constantemente o controle e pouca colaboração. A tendência é a desmotivação, uma vez que não dá a oportunidade da cocriação.
A motivação 3.0 propõe 3 caminhos para o engajamento dos colaboradores: autonomia, excelência e propósito.
As pessoas querem colocar a sua marca nos projetos. Querem utilizar o que possuem de melhor para melhorar processos, dar ideias e contribuir para a construção desta cultura, empresa e resultados. Também querem melhorar cada dia mais; fazendo algo que realmente importa e que traga sentido para a vida delas. Elas querem ser desafiadas a crescer e contribuírem com algo maior.
As pessoas não querem ser só um número. E o líder para gerar resultados com seu time, precisa compreender que seu papel é desenvolver o potencial de cada colaborador, mapeando como esta pessoa aprende, de que maneira a pessoa se motiva, etc. Como adaptar seu estilo de liderança para desenvolver uma baixa performance e criar um sentimento de pertencimento neste time, alinhando propósito em meta comum a todos.
Para gerir seu time com uma visão 3.0 é necessário observar o seu mindset. Pois alguns pontos precisam ser observados:
- Autonomia não é delargar e muito menos ficar toda hora de marcação no seu time. Autonomia é desenvolvimento, delegação e responsabilidade.
- Para gerar excelência, seu time precisa alinhar desafio com habilidade, pois você pode levar sua equipe para o botão pânico, uma vez que você percebe que o desafio é grande e a habilidade precisa de ajustes ou desestimular com tarefas muito simples, sabendo que sua equipe pode muito mais.
- Todos temos sonhos e metas pessoais. O papel do líder é compreender o propósito do time e conectar que o trabalho atual pode ser um facilitador destas conquistas. E para isso, o líder precisa não apenas entregar os projetos e colocar prazos, mas sim deixa claro o porquê este projeto será realizado, qual a importância para a empresa, qual o papel deste colaborador na construção deste projeto. Também deve, sim, mostrar os caminhos de como desenvolvê-los e quais métricas de acompanhamento. A grande armadilha é o gestor apenas explicar o que precisa ser feito, pouco ensina caminhos e reconhece a jornada.
Não tenha receio de trabalhar na motivação 3.0 pensando que o time não irá entregar resultado. Mude este pensamento e experimente novos caminhos de gestão. Grandes empresas inovadoras estão utilizando este método e obtendo um grande diferencial competitivo. #ficaadica
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