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Ensino brasileiro e o desinteresse do adolescente (parte 1)

A escola, no modelo atual, tem muitos erros que desinteressam os adolescentes a permanecerem e aproveitarem, ao máximo, a instituição. Quais são as causas e como o adolescente lida com isso?

No texto do mês passado analisamos juntos um pouco sobre a diferença entre conhecimento e informação. E nele eu citei que a escola, no modelo atual, tem muitos erros que desinteressam os adolescentes a permanecerem e aproveitarem, ao máximo, essa instituição. Vamos detalhar esses problemas em relação as suas causas e como o adolescente lida com isso.

Os principais erros e desatualizações das escolas são vistos logo nas suas estruturas: disposição dos acentos dentro da sala e métodos de avaliação.

Em relação à disposição dos acentos – fileiras – força-se uma uniformização mentirosa e uma divisão igualmente mentirosa entre os alunos e o professor, fazendo com que o professor não seja visto com autoridade, mas sim com autoritarismo pelos alunos. Impedindo uma abertura aos outros métodos de conhecimento que uma sala de aula pode oferecer. Como por exemplo, caso os alunos estivessem dispostos em grupos, com mesas arredondadas, dispostas aleatoriamente pela sala. Daria uma visão de que o professor seria uma autoridade de verdade, ou seja, um mediador, um tutor. E os alunos poderiam trocar conhecimentos sobre as matérias e trabalhos propostos. Ajudando um ao outro. Acabando com a competição de notas.

E as provas entram nesse sentimento de competição entre os alunos, e não de cooperação. Defender um sistema de avaliação baseado na competição é algo extremamente contraditório quando as pessoas clamam por mais solidariedade, compaixão e altruísmo. Outro caráter totalmente errôneo que a prova traz para os dias de hoje é cobrar o mesmo nível para alunos com diferentes habilidades em diferentes áreas. Aristóteles mesmo já dizia que nós não somos iguais. Temos diferentes habilidades. E que, pela sua teoria, a felicidade vem de fazer muito bem aquilo que temos habilidade. Não estou dizendo para a escola não desenvolver conhecimentos básicos de matemática em um adolescente que goste muito de história, mas sim que o estímulo deve ser diferente.

Eu sempre fui uma aluna voltada para a área de humanas. Mas sou apaixonada por matemática e biologia porque fui estimulada, tanto por professores, quanto pela minha família. Mas isso não deve ser responsabilidade apenas dessas duas outras partes constituintes do ensino. O próprio sistema tem que ter mecanismos de tornar interessante todas as áreas do conhecimento independentemente da inclinação do aluno. E eu acredito que o melhor estimulo é a adequação das matérias ao cotidiano de qualquer aluno.

Os erros da distância das matérias com a realidade do adolescente e as propostas para solucionar isto serão discutidas no próximo texto.

Bruno Sales Author
Bruno Sales é Estudante esforçado, entusiasta intelectual e conversador. Estudante de Economia, escritor amador e apreciador de Filosofia e Matemática. Sonha publicar o livro que vem trabalhando faz anos; a médio prazo, adquirir independência financeira e reconhecimento intelectual; a longo prazo, mudar o mundo.
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