Quando falo que a escola está diminuída é pura observação e cotidiano. Até nas propagandas, as escolas servem para passar o aluno no vestibular. É isso mesmo que você quer para você ou futuramente para o seu filho? Que ele apenas seja aprovado para poder fazer uma faculdade? Isso é sinônimo de desenvolvimento, aprendizagem e absorção de conhecimento?
Concordo muito quando meus amigos falam que a escola não acompanhou bem a modernidade do acesso às informações e também da humanidade. Ainda sentamos em fileiras, temos muita teoria e pouca prática. Algumas até tentam satisfazer o aluno nesse sentido, mas o foco sempre é para os vestibulares.
Não estou falando para alguém não fazer faculdade, não é isso. Mas sim para não reduzir o nosso cotidiano escolar a isso. O que estou criticando é a visão da utilidade e da praticidade que os pais e nós, adolescentes, estamos tendo com uma instituição que é muito, mas muito mais do que isso. Lá se lida com seres humanos e nós somos feitos apenas para passar nos vestibulares? Para onde vai a nossa curiosidade no conhecimento quando tudo se torna uma finalidade prática? Quer dizer que quando algo não tiver mais algum serviço a prestar na sociedade ele não merece ser estudado? “Ah, não preciso aprender a mexer no computador, vai ter um profissional que pode arrumá-lo para mim caso ele quebre”.
A curiosidade e o prazer no conhecimento estão desaparecendo das escolas. E esse desaparecimento é alimentado pelos sonhos rasos e baratos de que alguém só será feliz se passar em uma faculdade para conseguir um bom emprego e assim poder visitar a Disney.
Usei um texto inteiro apenas para nós refletirmos sobre a escola.
Onde estariam nossos grandes gênios: Isaac Newton, Charles Darwin, Benjamin Franklin entre vários outros, se a curiosidade deles fosse transformada em uma visão de que apenas as coisas práticas valem o esforço e são mais importantes? Eles estariam fazendo paletós como alfaiates ou sendo marceneiros? Não tirem a curiosidade das pessoas colocando a praticidade em primeiro lugar.
Vamos às reuniões escolares para propor mudanças referentes à presença de tecnologia e inovações no ensino. Eu sei que é difícil, mas se quisermos mesmo mudar temos que começar por algum lugar. E a única pessoa em que podemos confiar, com certeza, e que vai poder fazer alguma coisa a qualquer respeito, somos nós mesmos.
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