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Entender como funcionam os vieses é o caminho para acabar com vícios de julgamentos

Você sabia que as pessoas podem, por exemplo, ter vícios de julgamento que as conduzem ao racismo ou ao sexismo, sem que sequer tenham conhecimento ou consciência de suas ações?

Quando falamos de diversidade e inclusão os vieses têm sido cada vez mais recorrentes em palestras e artigos.  Por sorte pude aprofundar no tema quando me tornei mestre em Coaching e também no curso de Políticas Públicas e Economia Comportamental no mestrado de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas.

Estudei, por exemplo, o realismo ingênuo. Situação na qual as pessoas se iludem ao considerar que tomam decisões totalmente imparciais. Acreditando que “o outro” ou “os outros”, estão enganados, sendo cínicos quando acreditam ou opinam de forma diferente da sua.

Desconsideramos que temos vieses, alguns dos quais tenho estudado e aprofundado são: Viés de preconceito ou intergrupal, Viés ideológico, Viés egocêntrico, Viés de correspondência ou afinidade, Viés de Ancoragem. Refletimos também na temática da diversidade, pensando em vieses de gênero, interracial e todos os outros grupos diversos. Em outras palavras, as pessoas podem, por exemplo, ter vícios de julgamento que as conduzem ao racismo ou sexismo, sem que sequer tenham conhecimento ou consciência de suas ações.

É importante atentar também para os caminhos de tomada de decisão. O intuitivo e o analítico. O intuitivo em geral mais rápido e, portanto, mais utilizado por todos, é justamente aquele pautado em uma gama de construções, vivências e experiências prévias. Sejam nossas ou da sociedade.

O problema é que quando se trata dos nossos próprios vícios de julgamento temos um “ponto cego”, uma dificuldade de autopercepção. Frases do dia a dia, como “toda mulher é sentimental”, “todo homem é racional”, “todo gay é engraçado”, “toda pessoa com deficiência é encostada”, “todo religioso é forte”, “todo negro é fogoso”, entre outras, demonstram claramente os nossos vieses sendo expressos em nossas conversas do dia a dia.

A única forma de nos tornamos mais conscientes é tendo o entendimento de que os vieses existem, e de como eles funcionam, gerando dessa forma a possibilidade de construir novos caminhos e conexões mentais. E aí, aceita o desafio?

Liliane Rocha atua há 13 anos com Sustentabilidade e Diversidade em empresas de grande porte. Tendo sido executiva na Philips, Banco Real, Walmart e Votorantim Metais. Desde 2015 Fundadora e CEO da consultoria Gestão Kairós especializada em Sustentabilidade e Diversidade. Com clientes tais como, FIA / USP, Coca-Cola FEMSA, Instituto Unibanco, Leão Alimentos e Bebidas, SENAC, Grupo Pão de Açúcar, entre outros. Mestranda em Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas, MBA Executivo em Gestão da Sustentabilidade pela Fundação Getúlio Vargas, Mestre em Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching e Relações Públicas pela Fundação Cásper Líbero. Professora no curso de pós graduação de Sustentabilidade e Responsabilidade Social no SENAC e do curso de extensão Diversidade no Marketing da ESPM. Palestrante, consultora e escritora. É autora do Livro “Como ser um líder inclusivo?”.
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