Quando falamos de diversidade e inclusão os vieses têm sido cada vez mais recorrentes em palestras e artigos. Por sorte pude aprofundar no tema quando me tornei mestre em Coaching e também no curso de Políticas Públicas e Economia Comportamental no mestrado de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas.
Estudei, por exemplo, o realismo ingênuo. Situação na qual as pessoas se iludem ao considerar que tomam decisões totalmente imparciais. Acreditando que “o outro” ou “os outros”, estão enganados, sendo cínicos quando acreditam ou opinam de forma diferente da sua.
Desconsideramos que temos vieses, alguns dos quais tenho estudado e aprofundado são: Viés de preconceito ou intergrupal, Viés ideológico, Viés egocêntrico, Viés de correspondência ou afinidade, Viés de Ancoragem. Refletimos também na temática da diversidade, pensando em vieses de gênero, interracial e todos os outros grupos diversos. Em outras palavras, as pessoas podem, por exemplo, ter vícios de julgamento que as conduzem ao racismo ou sexismo, sem que sequer tenham conhecimento ou consciência de suas ações.
É importante atentar também para os caminhos de tomada de decisão. O intuitivo e o analítico. O intuitivo em geral mais rápido e, portanto, mais utilizado por todos, é justamente aquele pautado em uma gama de construções, vivências e experiências prévias. Sejam nossas ou da sociedade.
O problema é que quando se trata dos nossos próprios vícios de julgamento temos um “ponto cego”, uma dificuldade de autopercepção. Frases do dia a dia, como “toda mulher é sentimental”, “todo homem é racional”, “todo gay é engraçado”, “toda pessoa com deficiência é encostada”, “todo religioso é forte”, “todo negro é fogoso”, entre outras, demonstram claramente os nossos vieses sendo expressos em nossas conversas do dia a dia.
A única forma de nos tornamos mais conscientes é tendo o entendimento de que os vieses existem, e de como eles funcionam, gerando dessa forma a possibilidade de construir novos caminhos e conexões mentais. E aí, aceita o desafio?
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