Por Adriana Gomes com suporte de Randstad
Com a greve dos caminhoneiros há alguns meses, o Brasil viveu um momento em que as empresas se viram obrigadas a pensar em soluções para seus times continuarem trabalhando.
Entre outras saídas, como banco de horas, folga e fretados especiais, a medida de emergência mais adotada foi a flexibilização da jornada de trabalho. A grande maioria dos brasileiros trabalhou de casa ou de espaços fora do escritório. Para aqueles que ainda tiveram que ir ao escritório, o horário foi adaptado.
Esses momentos emergenciais são oportunidades para os profissionais demonstrarem que podem, sim, ser produtivos trabalhando de casa. Para as empresas, é uma chance de entender como esse modelo pode economizar gastos.
75% dos brasileiros afirmam que ainda trabalham de maneira tradicional:
todos trabalham no escritório durante o horário comercial
No entanto, o regime flexível de trabalho não é realidade no Brasil. De acordo com pesquisa da Randstad, 75% dos brasileiros não têm flexibilidade, apesar de 76% preferirem trabalhar de outros lugares sem ser o escritório.
Muitos profissionais, principalmente nos grandes centros, estão em busca de melhor qualidade de vida e, sem dúvida a mobilidade urbana é um dos fatores que afeta diretamente a percepção da qualidade de vida.Para 90% dos brasileiros, o trabalho flexível permite melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal e para 86% deles, isso aumenta a produtividade, criatividade e satisfação. Mas nem tudo é positivo: 38% dos entrevistados sentem que essa flexibilidade também causa grande pressão na vida pessoal, já que nunca conseguem se desconectar completamente do trabalho.
90% dos brasileiros gostam de trabalhar de modo flexível para
manter um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Se por um lado a greve trouxe sérios problemas de abastecimento, por outro abriu uma janela de oportunidades para o incentivo do trabalho em home office. Segundo a pesquisa, 58% dos empregadores fornecem recurso tecnológicos para que o trabalho seja feito fora dos escritórios.
42% dos brasileiros têm regularmente reuniões virtuais ou online através de vídeo conferência, com o objetivo de manter todos informados e alinhados. Porém ainda estamos bem defasados de países como Índia em que esse modelo de trabalho por vídeo conferência já é frequente em 74% das empresas e na China em 70%.
Essa pesquisa foi realizada pela Randstad que é líder global em soluções de Recursos Humanos, presente em 39 países.
O estudo é realizado de maneira online com os funcionários com idade entre 18 e 65 anos, que trabalham no mínimo 24 horas por semana de maneira remunerada (não autônomos). O tamanho mínimo da amostra é de 400 entrevistas por país. O painel Survey Sampling International (SSI) é usado para fins de amostragem.
A primeira pesquisa de 2018 foi realizada de 10 a 26 de janeiro de 2018
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