Equilíbrio Vida-Trabalho: Será que isso existe? O que estamos buscando?
“Não existe equilíbrio “vida-trabalho”. Existe vida. Trabalho é só uma parte dela. Essa foi uma das frases da Dra. Ella Washington, professora da Universidade de Georgetown (EUA) quando palestrando no evento World Happiness Summit 2023 sobre Diversidade, Equidade e Inclusão.
Confesso que a frase mexeu muito comigo e deu uma chacoalhada naquilo que venho há tempos buscando na minha vida: equilíbrio. Afinal, eu venho há mais de quase uma década trabalhando com desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres que também buscam este tão desejado “equilíbrio”.
Entretanto, é exatamente porque há anos eu estudo o comportamento humano, principalmente das mulheres. E tenho como base da minha metodologia os ensinamentos da psicóloga Jean Shinoda Bolen e a influência dos arquétipos femininos da mitologia grega na nossa personalidade, atitudes e crenças, que posso afirmar que vida e trabalho não existem em separado. O que temos é vida. E o trabalho é, sim, parte dessa vida.
Obviamente que não existe a menor possibilidade de deixarmos nossa “vida pessoal” trancada num cofre quando estamos no exercício do nosso ofício. É cruel e insensível reforçarmos a crença de que é possível dissociar vida pessoal de profissional. Acreditarmos que podemos nos desligar dos problemas ou das pessoas que mais amamos quando estamos “vendendo” nossa força laboral para nossos empregadores ou à frente de nossas empresas.
Por que, então, ainda falamos em “equilíbrio pessoal e profissional”? Afinal de contas, o que de verdade estamos buscando?
Posso sugerir que nessa palestra proferida durante um seminário sobre Felicidade (World Happiness Summit) o mote principal seja exatamente aquilo que todos nós seremos humanos, não importa em qual cultura estejamos inseridos, nossa classe social, vida pregressa, raça, orientação sexual, formação escolar, crenças etc., buscamos: a felicidade.
E em se tratando de crenças, essas são perversas com as mulheres e nos fazem acreditar ainda mais que só nos sentiremos inteiramente realizadas, plenas e felizes quando atingirmos esse tal “equilíbrio entre vida pessoal e profissional”. São as crenças que nos fazem acreditar em coisas do tipo, “mulher bem-sucedida profissionalmente é mal-amada” ou “não é possível ser boa mãe se passa tanto tempo no trabalho” ou “mulheres devem ser igualmente remuneradas como os homens porque têm licença maternidade” … e por aí vai.
O que entendo e tenho aprendido com os meus estudos sobre os arquétipos femininos e meus atendimentos às minhas mentoradas é que equilíbrio tem a ver com autoconhecimento. E que não há uma receita que deva ser seguida por todas igualmente.
Equilíbrio tem muito mais a ver com encontrar mais harmonia entre os vários papeis que exercemos na vida. Tem a ver com fazer as melhores escolhas com alto nível de consciência e autorresponsabilidade para chegar à autorrealização sem necessitar passar pelo julgamento e aprovação de quem quer que seja.
Harmonia, como na música, é encontrar combinações entre as notas (coincidentemente são também 7 como são os arquétipos femininos) para gerar sons que se “equilibram”. Harmonia para as mulheres é, então, encontrar combinações entre os papéis que desempenhamos sendo eles o da filha, da cuidadora, da profissional e/ou intelectual, da mulher livre e amiga, da mãe, da esposa (ou namorada) e da mulher no mais amplo sentido que tem vida sexual, vaidade e amores.
Como na música, o primeiro passo para chegarmos à harmonia (equilíbrio) é conhecer e reconhecer cada um dos sons (arquétipos), suas peculiaridades (virtudes e vulnerabilidades). E saber como combiná-los de maneira que não cause desarmonia e que a vida fica bem mais afinada e agradável de se viver.
O próximo passo, é experienciar através do processo de autodesenvolvimento as melhores técnicas e práticas que um bom método como o PHAADHA pode lhe oferecer. Tirando o melhor proveito de cada uma delas para que você possa compor autenticamente a sua melhor partitura. Ou seja, criar a sua melhor versão de mulher respeitando o seu ritmo, o seu estilo, seu timbre, a sua intensidade, o seu volume. Tudo no tempo, na duração que faça sentido para você.
Assim como a música, a vida existe independentemente, mas a vida harmônica é a vida que tem mais sentido, mais leveza e mais propósito porque tem a capacidade de chegar em mais vidas. Pense nisso, você é a grande compositora da sua vida. Basta conhecer bem os arquétipos (as notas) e saber como tirar o melhor de cada um deles.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o equilíbrio vida-trabalho? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/
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