Temos que adquirir muitas coisas materiais e serviços. Vamos pensar em quem vende e quem compra.
Se você está vendendo você fará um preço. Nesse preço você vai colocar o quanto há de valor no produto ou serviço.
No preço estão os custos, despesas, impostos, material e o lucro. Mas há algo muito mais intangível que é o quanto você valoriza o seu produto ou seu serviço, ou seja, qual é o valor do seu produto ou serviço.
Faço questão de repetir as palavras produto e serviço pois a composição de preço dos dois são absolutamente diferentes.
Mas gostaria de me ater mais naquele que compra. E volto a exclamar como fiz no título desse texto. Escolha quanto você quer pagar!
A sedução corre solta!
Explico:
Há movimentos explícitos e conscientes para que as pessoas adquiram coisas, produtos e serviços que não lhe servirão ou que só servirão para aumentar uma ilusão de poder e imagem. Outra consequência disso é uma infinidade de coisas, produtos e serviços que estão tomando o lugar daquilo que realmente tem Valor para aquela pessoa.
Em alguns momentos esse movimento é explícito e em outros totalmente maquiado.
As pessoas compram pelo que acham que devem comprar para ter aquilo que acham que os outros valorizam. Isso é um afastamento de si mesmo, absurdo, e o pior é que muitas vezes sequer há uma percepção de que isso está acontecendo.
As pessoas endividam-se, adquirirem coisas sem pensar se de fato aquilo tem valor para elas.
Esse é um fenômeno massacrante.
Para adquirir:
- Reflita se tem valor para você;
- Se o preço é coerente para você.
Em outras palavras, pense se o preço está coerente com o valor que você coloca.
Quem vende pode vender pelo preço que quiser, desde um carro ou qualquer objeto até uma consulta médica, uma sessão de Coaching, um sistema de aplicativo, um serviço de eletricista.
Quem vende aplica o preço e acrescenta o valor que acredita ter.
E quem compra?
Compre pelo valor não pelo preço. Se o preço não for viável nem negociável, procure algo que lhe satisfaça.
É incrível ver o abuso de preços e o desespero de pessoas achando que precisam de coisas absolutamente descartáveis.
Não estou aqui me referindo a necessidades básicas. Que fique claro.
Quem compra, quem adquiri, seja um produto, serviço, conhecimento, diversão, tem o direito de valorizar aquilo que realmente lhe é importante.
Se alguém te disser que tal coisa é boa e imprescindível porque custa caro. Repense os valores, os seus valores. Não se deixe envolver.
Qual é o valor que VOCÊ dá para o tal produto.
Estou me referindo desde as coisas mais básicas até as mais complexas.
Ampliando um pouco. Esse conceito serve para tudo.
Por exemplo:
- Qual o preço que você paga valorizando uma imagem que não é a sua?
- Qual o valor que você dá para as suas habilidades e o preço que você coloca nelas ao fazer um trabalho?
- Quanto você valoriza sua saúde, qual o preço você paga por descuidar-se?
Perceba, não estamos (somente) falando de preço financeiro.
Claro, não sejamos ingênuos, precisamos de alguns itens (básicos ou não), mesmo assim podemos mencionar também esse tipo de coisa, mas nesse momento estamos pensando em uma procura de um ajuste de contas interno.
As nossas escolhas em relação ao que damos valor tem a ver com aquilo que acreditamos que é nosso próprio valor.
Infelizmente no nosso país estamos vivendo uma crise violenta política, econômica, financeira e de valores. Não vou aqui discorrer por esse fato, mas comentar somente um ponto. A crise de valores da sociedade para primeiro pela crise de valores de cada um de nós a respeito de nós mesmos.
E vamos deixar no ar… para que cada um possa escolher o quanto quer pagar.
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