Há uma questão sempre recorrente, quando se trata da atividade profissional de um Coach, que está associada à expressão “negócios”. Quando uma prestação de serviços se dá, quer se goste ou não da visão materialista, existe a relação de troca comercial entre o cliente (que paga) e o profissional (que recebe). E, se formos além, muitas vezes essa prestação de serviços tem em vista contribuir com os negócios do cliente (seja na condução de empresa existente ou na criação de novo empreendimento).
Portanto, não há que se fugir dessa realidade e, para os Coaches em especial, estar preparado para uma linguagem específica do executivo moderno e orientada ao mundo dos negócios é fundamental. Pois hoje eu quero mexer nesse vespeiro e trazer algumas considerações que começam a se fazer presente no processo decisório de muita gente. Aliás, tenho a mais absoluta certeza, alguns de vocês vão pensar que me inspiraram pessoalmente para esta abordagem.
Primeiro ponto: trabalhar em casa (home office) ou partir para uma instalação mais convencional? Pois bem, há motivações óbvias para se trabalhar em casa, como a possibilidade de ganhar tempo sem precisar gastar horas no trânsito, economia de custos com aluguéis e impostos, ter mais tempo perto da família e estar perto das coisas que são pessoalmente importantes para você. Enfim, é uma possibilidade para o microempresário. Mas será que você terá a disciplina necessária para não cair em tentação e assumir uma postura de protelar suas obrigações? Será que você conseguirá conciliar o que tem a fazer com o que tem a aprender para seu negócio dar certo?
Você pode estar perguntando: mas o que eu preciso aprender ao lançar meu negócio? A lista é enorme e pode ser tão detalhada quanto se queira, mas vamos ficar apenas nos tópicos principais como Marketing, Relacionamento Humano, Pesquisa e Desenvolvimento, Habilidades Técnicas e Organização Empresarial. Estar capacitado é essencial em um mundo dinâmico e competitivo. E se a sua decisão é a de trabalhar em casa, tudo ficará ainda mais concentrado em você, que deverá construir estratégias criativas para obter um espaço promissor nessa arena chamada mercado.
Ou seja, se esta minha mensagem estiver atingindo o Coach-empresário, muita atenção nos modelos de atuação, na escolha de seu nicho e de como poderá criar diferenciais associados ao seu trabalho. E quando você (Coach) estiver atendendo um cliente, com a mesma motivação e dúvidas, esteja preparado para ajudá-lo a ter muito claro o “day-after”. Decidir por abrir um negócio ou fazer mudanças no negócio existente é apenas o começo da nova jornada. Aí é que nascerão os novos desafios!
Quanto mais competência o Coach desenvolver para identificar problemas e fomentar as soluções pelo cliente, com uma visão do “day-after”, tanto melhor e mais contribuitiva será a sua participação no processo do cliente. Com isso, terá também aprendizados que poderá aplicar ao seu próprio cotidiano de empreendedor. Com isso, fica uma crítica (suave) aos profissionais de Coaching que olham a relação com o cliente muito centrada no comportamento humano, dando menor prioridade ao complexo mundo de variáveis mediadoras e moderadoras para o sucesso em qualquer atividade humana.
Eu tenho um amigo que decidiu manter o escritório em casa e ter a sua secretária trabalhando na casa dela. Contato pessoal é por skype. Se formos pensar bem, nada diferente do que um escritório convencional em que cada um trabalha em sua sala e, quando necessário, falam por telefone ou em um contato pessoal rápido. Porém, há um detalhe que não posso deixar de registrar, pois diz respeito diretamente ao espírito com que ele encara essa realidade.
Apesar de trabalhar em casa e com a liberdade do seu próprio espaço, meu amigo criou uma disciplina curiosa: veste roupa social e se arruma como se fosse trabalhar em outro local. Diz ele que isso ajuda a dar o clima e a criar o ambiente típico das organizações, sem perder a liberdade natural da home office. O que você acha? Que disciplina você pratica quando trabalha em casa?
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