Na última postagem, eu fiz uma chamada à consciência sobre a importância de saber dar apoio emocional quando necessário. Isso requer a competência adquirida pela preparação pessoal teórica e prática, mas também de algo que nasce lá no fundo do coração: a compaixão pelas pessoas. É um olhar diferenciado para o papel que um Coach exerce na vida de quem passa por um processo de Coaching.
E para contribuir com o olhar amplo e holístico, vamos hoje trabalhar alguns pensamentos sobre o retorno de investimentos, algo que merece a reflexão de cada leitor, seja ou não um Coach. Ao final deste texto, espero, as dimensões do sucesso em Coaching serão outras e maiores, mais significativas e integradas entre si. Prontos para este exercício de especulação?
Uma questão sempre presente para quem contrata o Coaching, independente de haver meta pessoal ou profissional, é como avaliar o retorno do investimento. Em algumas situações não será complicado encontrar o melhor indicador de desempenho do processo, mas em outras … Então, vale entender que o sucesso do processo está ligado a fatores que são difíceis de padronizar, tais como cultura, atitudes em relação ao Coaching (tanto pelo Coach como pela entrega e aplicação do cliente) e os pré-conceitos.
Para o Coaching executivo ou de negócios, podemos fazer uma combinação de propostas de várias pesquisas e concluir que as organizações alcançam estes benefícios: (a) aumento do engajamento dos funcionários; (b) aumento da satisfação e moral interna; (c) aumento da colaboração interna; (d) melhor trabalho em equipe; (f) mais competência às lideranças; (g) maior retenção de talentos; (h) relações de trabalho melhoradas; (i) maior senso de comunidade organizacional; (j) melhor capacidade de executar as estratégias, e; (k) maior adaptabilidade a mudanças. Transformar esses intangíveis em formulações quantitativas e o retorno dos investimentos, em si mesmo, também passa a ser um desafio.
Apesar da grande presença atual das intervenções de Coaching executivo ou de negócios nas organizações empresariais, essas mesmas pesquisas mostram existir pouca uniformidade nas práticas implantadas (por exemplo, as ferramentas de avaliação, as abordagens científicas ou filosóficas, as atividades, metas e métodos de avaliação de resultados). E aí voltamos ao começo do problema: como medir retorno de investimentos em algo que tem tamanha abrangência e complexidade?
A maioria dos processos tem algum tipo de avaliação construído pela prática profissional do Coach, sendo o mais comum o feedback do cliente. Poucos avaliam a eficácia com medidas de desempenho organizacional com o feedback da organização que patrocina o processo. Nas últimas três décadas, acadêmicos e profissionais têm procurado responder essa pergunta: o que pode influenciar o sucesso do processo de Coaching? Buscar a resposta resulta estudar e identificar os seus fatores críticos de sucesso.
Em um ambiente de negócios em que a estratégia pode mudar rapidamente, e em que empresas precisam ter sensibilidade às condições locais mantendo alinhamento estratégico, o Coaching entregará um valor pleno apenas quando conseguir integrar as várias partes interessadas no processo e as dimensões da organização. Coaching com respeito ao contexto organizacional representa o melhor estágio da sua arte e ciência. E um mecanismo específico pelo qual o Coaching pode traduzir resultados para uma agenda prática é conhecer sua relação com a cadeia de valor de negócios e com os objetivos estratégicos da organização como a participação de mercado, posicionamento, receitas e lucros. É nesse espaço que Coach e o cliente encontrarão uma resposta para o retorno de investimentos do Coaching.
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