Espiritualidade Organizacional: Por um ambiente de trabalho mais saudável!
Estamos em tempos de divulgação do “Janeiro Branco”. Para quem não sabe: é uma campanha que visa alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico.
É cada vez mais necessário este alerta, uma vez que a OMS Organização Mundial da Saúde (OMS) registra o Brasil como o país mais ansioso do mundo e com altos índices de quadros de depressão.
Entre outras iniciativas as empresas no mundo têm adotado uma prática denominada ‘espiritualidade organizacional’. Vale lembrar que o termo espiritualidade pode ou não estar ligado às práticas religiosas e aqui a ideia não é de religiosidade e sim, filosófica.
O objetivo é que a busca de significados amplie a relação dos colaboradores com a empresa e entre si. A prática refere-se ao acolhimento e pertencimento ao grupo de trabalho e ao alinhamento do significado das atividades com o propósito de cada indivíduo.
Já há hoje uma lista de benefícios observados com esta prática como:
- Mais engajamento da equipe de trabalho;
- Sintonia entre valores pessoais e os da empresa;
- Aumento da saúde, satisfação e de bem-estar no trabalho;
- Sentimento de utilidade à sociedade;
- Desperta sentimento de valorização do colaborador;
- Redução absenteísmo.
A ideia de que o colaborador é um indivíduo com um mundo interior que precisa ser cuidado e nutrido. E que as tratativas profissionais podem ser humanizadas com a inclusão de práticas como: gratidão, altruísmo, empatia, compaixão e humildade.
Não há mais espaço para quem vê o trabalho com um ato de sofrimento ou robotização. Com a pandemia, houve uma mudança na hierarquia de significados e trazer o propósito para o trabalho parece ainda mais necessário.
Também não há lugar para narrativas somente ligadas a metas e lucro. Há que se ter espaço para a realização pessoal e para a possibilidade de equilíbrio do indivíduo e sua subjetividade.
Ainda há muito receio em usar o termo espiritualidade nas organizações como se isso de conectasse a uma prática religiosa ou a não aceitação desta. Espiritualidade não é mais um domínio da religião é uma das forças de caráter do indivíduo. Uma dimensão funcional do ser humano e a Espritualidade Organizacional vem para melhorar o ambiente de trabalho.
Estamos no caminho de uma visão mais ampliada com a espiritualidade organizacional tendo em sua definição a ideia de ressignificar a relação entre empresa e colaborador. Enfim, o reconhecimento de que não é possível fazer uma empresa crescer com pessoas doentes em qualquer aspecto: físico, mental ou espiritual.
A empresa é um organismo social, composto de indivíduos e suas relações humanas, assim cuidar das pessoas em sua essência é uma tarefa de preservação dos recursos humanos e do capital intelectual da organização- é um investimento!
O indivíduo é ser pessoa único com seus talentos, medos, anseios e passa pela vida de forma não linear, esta pessoa trabalha todos os dias com seu mundo interior em ação, ou seja, precisa estar em equilíbrio consigo mesma e com o ambiente, se além das questões naturais da vida se sentir acuado, ameaçado e em desequilíbrio pelas ações da gestão não há como ser produtivo.
Assim, a Espiritualidade Organizacional traz uma abordagem holística e integrativa para todos os seres humanos no ambiente de trabalho e fora dele. Aborda a possibilidade de se ser quem você é e integrar as emoções ao dia a dia, agindo de acordo com valores pessoais e buscando significado e propósito e não somente o cumprimento de metas desafiadoras.
A harmonia, bem-estar, equilíbrio são elementos da saúde integral: física, mental e espiritual que são os pilares para um indivíduo saudável e produtivo capaz de influenciar o ambiente de forma positiva e promover mudanças necessárias na organização
A Espiritualidade Corporativa promove ainda o sentido de missão e a expansão de uma atuação ética e de responsabilidade social integrando a organização à sociedade e ao ambiente e trazendo um papel de liderança mais consciente da sua influência na empresa, no indivíduo e na sociedade.
Este é um aspecto novo e requer mudanças na cultura organizacional inserindo na conversa temas mais subjetivos como empatia, proposito, compaixão e ensinando aos colaboradores que estes são assuntos relevantes sim para o seu próprio desenvolvimento pessoal.
Há muito que se aprender ainda sobre o tema e sua aplicabilidade, no entanto o assunto está em pauta e o ser humano no centro da conversa, nunca foi tão importante tratar da saúde mental, esta epidemia silenciosa, cercada de preconceitos, mas igualmente devastadora.
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Quer saber mais sobre como adotar a Espiritualidade Organizacional ou Corporativa na sua empresa? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Mônica Barg
https://www.monicabarg.com.br
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