“Quero um ‘headhunter’ (caçador de talentos) para me recolocar no mercado.” Já escutei a frase centenas de vezes e costumo dizer que seria melhor encontrar um “jobhunter” (caçador de vaga).
Explico. Essa confusão se dá porque, de maneira geral, as pessoas não sabem muito bem o que faz um “headhunter”. Esse sujeito é um prestador de serviços contratado por uma organização para encontrar um profissional bastante específico para determinada posição. Geralmente, são cargos confidenciais, complexos ou bastante difíceis de encontrar. Trata-se de um serviço caro para as empresas.
Esse profissional não trabalha para pessoas físicas, mas para pessoas jurídicas. Ele recebe uma “missão”. Digo isso porque, como “ex-headhunter”, já cacei muitos profissionais e as exigências eram tantas que eu parecia escutar a trilha do filme “Missão Impossível”.
O “headhunter” recebe o pedido da empresa contratante, faz o mapeamento do mercado, localiza e depois “dá o bote”, ou seja, faz o convite para que o profissional saiba que há uma empresa interessada. O convidado “caçado” não paga nada por isso.
É importante que a questão da remuneração fique clara. Quem paga pelo serviço do “headhunter” é a empresa que o contratou, nunca o “caçado”. Infelizmente, por falta de informação, ansiedade ou desespero para conseguir um emprego, as pessoas se deixam levar, comprando por um serviço que não existe e nem seria possível de executar.
Fique atento quando disserem que irão disponibilizar um “headhunter” para ajudá-lo na recolocação. É picaretagem!
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