Fato ou Interpretação: Como ampliar sua percepção?
O nosso cérebro tem a responsabilidade de interpretar o ambiente à nossa volta, garantindo assim nossa sobrevivência. Todo o tempo estamos recebendo estímulos através dos nossos sentidos e atribuindo a cada um destes estímulos um significado.
Durante a infância, muitas interpretações são feitas a partir das referências que recebemos dos adultos à nossa volta. Este é o período mais sensível da nossa aprendizagem. Isso porque estamos, a partir das inúmeras experiências do dia a dia, formando nosso banco de dados. Ele servirá de referência para nossas interpretações na vida adulta.
É muito fácil observar este processo quando uma criança aprende a nomear pessoas e objetos, modelando a fala de quem com ela convive. Mas nem todos se atentam ao fato de que esse processo de aprendizagem se estende para além das interpretações de objetos, como também dos fenômenos que experimentam.
Se imaginarmos uma situação em que uma criança segura o brinquedo de outra enquanto convivem no parque. A forma como a mãe de cada uma das crianças lidará com a situação refletirá diretamente no entendimento da criança sobre aquele fato. Assim a única maneira eficaz que conheço de identificar os padrões de uma pessoa é justamente desenvolvendo o hábito de distinguir os fatos de suas interpretações.
Vamos treinar juntos?
No exemplo acima, “uma criança segurou o brinquedo da outra enquanto brincavam no parquinho” é um fato. Mas dificilmente as pessoas param nesta citação. É comum ouvirmos narrativas como: “aquela criança tomou o brinquedo do meu filho”, ou “a mãe daquela criança não se importa”, ou ainda “tadinho, ele não tem brinquedo”, ou também “meu filho emprestou para ele”. Eu poderia esgotar todo meu espaço de escrita listando diversos exemplo positivos e negativos de interpretações para o acontecimento. Mas afinal, qual a importância de exercitarmos esta distinção?
A qualidade das nossas interpretações está diretamente relacionada à qualidade dos resultados de fato que alcançamos.
Se observarmos os conflitos interpessoais, eu arrisco dizer que em todos eles existiu um equívoco de interpretação. Seja pela falta de comunicação efetiva entre os envolvidos no conflito, seja pela falta de consciência que cada um de nós tem dos padrões de interpretação.
Nós vemos o mundo através de uma lente construída por todas as nossas crenças e, sempre que nossas crenças forem negativas ou distorcidas, nossa percepção da realidade sofrerá influência dessa distorção.
Quando duas pessoas apresentam reações distintas para um mesmo acontecimento, certamente a diferença na resposta se explica pela forma como interpretaram os fatos.
Sua visão de mundo afeta toda a sua realidade. Seja pessoal, familiar, profissional, financeira ou espiritual.
Por esta razão, eu insisto: quer transformar sua realidade atual? Comece exercitando sua capacidade de distinguir fatos de interpretações. A partir daí, amplie sua percepção. Elabore interpretações alternativas. Brinque de criar hipóteses.
Este cuidado não só fará bem para os seus resultados, como para toda a atmosfera à sua volta.
Distinguir fatos de interpretações, permitindo-se escolher por interpretações melhores é a base para a empatia.
Eu recomendo!
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Sheila Berna
https://www.sheilaberna.com.br/
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