A empatia vem ganhando espaço nas empresas. Mas o que leva um profissional a desenvolver a “capacidade de se colocar no lugar do outro para tentar compreender o que ele (o outro) sente?”
Vários motivos, mas começaremos com o que antecede a todos os outros – a condição e necessidade da humanidade em se preservar. Sem prestarmos atenção às carências, sofrimento e a dor do outro, provavelmente nos destruiríamos. É o sentimento de compaixão. E é ele que antecede a prática da empatia.
Na vida e no mundo corporativo, a palavra “ compaixão” vem carregada de um significado místico, dada sua (histórica) ligação com religiosidade. E, quando vinculada à produtividade, resultados e lucro, o termo pode contradizer a firmeza necessária ao negócio.
Mas compaixão não é somente lançar um olhar aos mais necessitados e fazer caridade, ela também nos fortalece. Nos mantém unidos e vivos. E antecede a empatia.
Segundo o dicionário, Compaixão “revela um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento do outro, ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem” – (Dicionário on-line).
Se ampliarmos nosso modo de interpretar essa palavra, podemos dar um novo significado a ela.
E parece que, nesse momento da história da humanidade, quando questionamos valores, culturas, perfis dos governos, mudanças a compaixão e empatia podem ter um destaque maior.
Nas organizações não é diferente, pois estamos construindo e reconstruindo modelos que atendam melhor as necessidades da gestão dos recursos humanos. Uma ferramenta das mais importantes ao desenvolvimento das pessoas, é o feedback.
Mas se é preciso “corrigir”, que pelo menos seja com compaixão. E com empatia.
Empatia é fundamental para o relacionamento interpessoal de sucesso. “A empatia permite que você penetre na alma dos outros”, escreveram Mark Williams e Danny Penman, autores do livro “Atenção Plena” – e dessa forma, sem invadir, compreender os sentimentos e o que nossas ações podem causar à outra pessoa.
Compaixão é o desejo legitimo de minimizar o sofrimento do outro. Diferente de sentir “dó” ou “pena” do outro, que muitas vezes faz com que tenhamos sofrimento e impotência diante de uma determinada situação, a compaixão nos move a uma atitude que possa, sem invadir, modificar a situação para algo menos doloroso para o outro.
Dar um feedback deve ser sempre para modificar uma ação ou comportamento de maneira a desenvolver e ensinar.
Participe da Conversa