Falamos muito sobre aprendizagem, estudo, formação acadêmica, mas vamos pensar um pouco sobre como precisamos também nos formar e nos (de)formar, todos os dias a cada momento, para termos relações com as pessoas de forma mais saudável e exercendo mais humanidade.
É muito importante filtrar o que recebemos como informação e desconstruirmos os conceitos e preconceitos. Para isso precisamos nos conhecer e sair do conhecido rumo a novas possibilidades de escuta e discussões.
Sair do conhecido é sair de nossa zona de conforto. Estar na direção rumando a novas possibilidades é assumir riscos e escolhas.
O grande lance é sair e voltar, ou seja, entrar, escutar, empatizar e sair transformado.
Esse é um movimento muito enriquecedor. Quando nos defrontamos com algo, sabendo lidar a partir do que somos, e empatizamos, nos transformamos e estamos contribuindo muito para uma mente saudável e, consequentemente, com a mente saudável daqueles que estão à nossa volta.
Alguns conseguem processar esse movimento com facilidade, outros com muita dificuldade. Àqueles que o fazem com facilidade: usem! Àqueles que têm dificuldade: creiam que têm condições de alcançar esse movimento.
Não é um problema entrarmos nas questões, o problema é não conseguir sair.
E o que é empatizar? É a sensibilidade de se colocar no lugar do outro e saber a forma correta de agir, sem se sentir como ou se misturar com o outro. Sendo o “outro” uma pessoa, local ou situação.
Por exemplo: relações tóxicas em que entramos, achamos que estão indo bem, mas quando vemos já nos perdemos de nós mesmos.
Precisamos nos fortalecer para que as relações nos formem e (de)formem e mesmo assim continuemos íntegros.
Essa questão está presente nas relações privadas e públicas.
O processo de escutar, elaborar, compreender e devolver, está investido pela possibilidade de entrar e sair da questão, ou seja, empatizar respeitando o outro, transformar-se sem perder-se.
Colocando as coisas dessa forma pode parecer simples, mas o dia a dia, o acúmulo de atividades e, até mesmo – ou principalmente –, nossas questões mais internas, nos pegam desprovidos de clareza e até de firmeza. Com isso, aquilo que poderia ser fácil e fluido passa a ser um grande e complexo problema.
Vamos procurar nos formar, nos deixar (de)formar, sabendo e confiando que podemos fazê-lo sem nos perder de nós mesmos.
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