Futuro, onde a desordem é a nova ordem!
Olá!
Sou Marco Ornellas, pai de três filhas e avô de três netos, 65 anos surfando nesse mundo em constante transformação, testando novas abordagens, comportamentos, aprendizagens e soluções e muito inquieto por natureza.
Sou Psicólogo, Coach, Consultor, Autor, Palestrante e Outsider. Mestre em Biologia-Cultural pela Universidad Mayor do Chile e Escuela Matriztíca, sob a orientação de meu querido mestre Humberto Maturana. Tenho me dedicado nos últimos tempos a estudar Complexidade conceito base para um pensamento sistêmico e a formar profissionais Designers Organizacionais. Acredito que o mundo precisa de mais designers.
CEO da Ornellas Consulting e Academy.
Como autor, publiquei em 2017, aos 60 anos, o livro: DesigneRHs para um novo mundo, fruto da minha tese de Mestrado. Gostei da experiência, em 2020, no início da pandemia do Covid-19, publiquei meu segundo livro: Uma nova (des)ordem organizacional.
Ensaios por uma Organização Consciente é uma obra coletiva, publicada em 2022, audaciosamente propondo um guia incompleto para líderes e designers organizacionais.
Desenhei essa coluna: CAOS E A COMPLEXIDADE – Vivendo uma Nova Ordem, para discutirmos e reflexionarmos o movimento caórdico que vivemos. Caos e Ordem simultâneos, essa imensa ambiguidade na vida.
Espero, sinceramente, que gostem e mais do que isso, participem, deixem comentários de como os textos tocam cada um de vocês e sugiram novos temas relacionados.
Obrigado pelo carinho!
Marco Ornellas
Futuro, onde a desordem é a nova ordem
Hoje início a coluna CAOS E COMPLEXIDADE – Vivendo uma Nova Ordem, e gostaria de começar falando de Futuro e a Nova Ordem mundial.
Segundo o dicionário Houaiss, Futuro é definido como um “tempo que se segue ao presente” ou o “conjunto de fatos, acontecimentos relacionados a um tempo que há de vir; existência futura; destino, sorte”, portanto um tempo não vivido, não experimentado.
Desordem, por sua vez, está definida como “ausência de arrumação, falta de lógica, incoerência, desarmonia” ou também “uma ruptura da ordem, indisciplina com a ordem estabelecida”. Futuro tem conexão direta com desordem. Se não passamos ainda pelo que está por vir, como ter uma ordem estabelecida, uma disciplina ou mesmo uma arrumação, como saber e conhecer?
Vivemos dias de mudança e transformação em quantidade, velocidade e impacto assustadores, exponenciais, uma aceleração absurda sem nenhuma aderência ao que foi vivido no mundo que conhecíamos. Quase tudo que acreditávamos que estava certo, então se degenerou.
É simples de dizer, talvez difícil de praticar, mas a crise que vivemos hoje é puro erro de percepção. Queremos resolver os desafios presentes e futuros com as mesmas práticas organizadas e desenvolvidas no passado. Evidente que essa conta não dá certo! E por que insistimos, por que tentamos ir para o futuro usando as ferramentas e abordagens do passado, quando tudo já mudou?
Há inúmeros sinais e evidências que estamos vivendo, de fato, uma nova dimensão, uma mudança de era e não uma era de mudanças. Segundo Humberto Maturana:
“Uma mudança cultural pressupõe uma alteração na configuração do atuar e do emocionar.”
As diferentes eras psíquicas da humanidade correspondem a uma transformação integral da psique humana e uma nova configuração de como vivemos, para onde nos orientamos e como entendemos a natureza e o sentido humano.
Ainda segundo Maturana, estamos na intersecção da era psíquica da humanidade denominada Pós-Modernidade (que de moderno, na minha opinião, não tem nada) caracterizada pela dominação cultural da ciência, da tecnologia e do dinheiro, da cegueira e da certeza de que podemos fazer tudo o que imaginamos ser possível. Nesse contexto o que fizemos, enquanto humanidade, foi entregar aos cientistas, políticos e empresários o poder da onipotência, confiando a eles a nossa capacidade de realizar. O resultado desse movimento foi o surgimento da dor e do sofrimento pela manipulação, pela desonestidade, pelo desrespeito de si e pelo outro. Stress, burnout, suicídios, falta de esperança, descrença, angústia, desapontamento, foram os resultados.
Mas nem tudo está perdido, temos visto a humanidade dando sinais de caminhar na busca da ampliação da consciência. Estamos vendo regenerar comportamentos e questionamentos sobre o que fazemos, como fazemos e que resultados alcançamos. Uma era onde o centro é o humano e onde há um questionamento permanente: o que ainda faz sentido?
Ailton Krenak, na obra O Amanhã Não Está à Venda, se refere a esse momento que estamos vivendo como:
“Obra de uma mãe amorosa que decidiu fazer o filho calar a boca pelo menos por um instante. Não porque não goste dele, mas por querer lhe ensinar alguma coisa. “Filho, silêncio”. A Terra está falando isso para a humanidade. E ela é tão maravilhosa que não dá uma ordem. Ela simplesmente está pedindo: “Silêncio”.” Esse é também o significado do recolhimento.”
Maturana e Krenak foram brilhantes e inspiradores em suas palavras, estamos diante de um novo momento, uma nova era. Na minha percepção, diante de um grande portal, poucas vezes vividos pela humanidade, e quem sabe um momento de grande oportunidade para, de fato, escrevermos com muita segurança e consciência: que futuro queremos!
Vamos juntos escrever esse novo futuro?
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o futuro onde a desordem é a nova ordem mundial? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até o próximo artigo!
Marco Ornellas
https://www.ornellas.com.br/
Não deixe de acompanhar a coluna Caos e Complexidade: Vivendo uma Nova Ordem
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