Muito se fala sobre gestão de mudanças no universo corporativo em razão das crises e novas tecnologias emergentes. Entretanto, a mudança é um fato inevitável em todos âmbitos e aspectos de nossas vidas. Seja pessoal, profissional, saúde, relacionamentos, financeiro, espiritualidade, enfim. Cedo ou tarde, por vontade própria ou não, no curso da vida todo mundo acaba tendo que encarar essa tal de mudança.
Trazendo o raciocínio para o universo de desenvolvimento humano, pode-se dizer que a mudança é o fator crítico do sucesso almejado, independentemente do perfil, credo, cor, sexo, idade, nacionalidade, etc. No processo de coaching, todos clientes que nos procuram, querem a melhoria dos seus resultados, saindo do cenário atual para um melhor. E eis que mais uma vez, nos deparamos com essa tal da mudança.
Em termos mais práticos, a mudança para o sucesso significa agir diferente, pensar diferente, comunicar-se diferente, posicionar-se diferente, relacionar-se diferente, enxergar diferente e pode até ser de estar em localização diferente. Isso significa sair da “zona de conforto”, que na maioria dos casos poderia ser chamada de “zona de desconforto”, por não ser exatamente a situação ou resultado que realmente desejamos, mas que de alguma forma permanecemos nela enquanto a real mudança não se discorre.
No universo dos assessments, o fato de lidar com a mudança também não é diferente.
Alguns perfis podem demonstrar maior resistência a mudanças, bem como outros perfis demonstrarem maior aceitação a mudanças.
Entretanto, ao considerarmos a mudança como agir diferente, comunicar-se diferente e pensar diferente, basicamente todos os perfis possuem resistência a mudanças. Alguns resistem a mudar e fazer diferente em prol de manter a previsibilidade e manter a situação como está. Outros podem resistir a mudar e fazer diferente, em termos de cessar a constante mudança do status quo e estabilizar.
Vale constatar que em muitos casos se valorizam excessivamente os perfis com facilidade de lidar e gerar mudanças, sem conscientizar-se de que toda e qualquer mudança em excesso pode ser tão prejudicial quanto à ausência de mudanças. Ou seja, muitas empresas e relacionamentos quebram por excesso ou ausência de mudança do status quo. Seja ele de resistência e aversão a mudar, bem como o excesso de mudança constante.
O fato é que no caminho para atingirmos o nosso tão desejado sucesso, é inevitável que tenhamos que pensar e nos comportarmos diferente. E essa mudança gera desgaste por demandar “sermos diferentes” do que estamos acostumados (ou acomodados). E é esse o verdadeiro ponto crítico de qualquer mudança. A resistência ao desgaste e desconforto de comportar-se diferente. Este sim pode ser considerado como a verdadeira causa da resistência a mudanças.
Cada perfil, independentemente do tipo de assessment utilizado, possui características específicas, únicas e extremamente úteis e de valor. O problema ocorre quando não se compreende essa peculiaridade e valor, limitando o uso do potencial de cada perfil.
Em termos de gestão de mudanças, se compreendermos as peculiaridades e utilidades dos perfis, podemos enxergar que os perfis mais resistentes a mudanças, são simplesmente os melhores “termômetros” para gerir mudanças pelo fato de que estes demandam maior consistência em fatos e planejamentos que tragam maior compatibilidade com a realidade e principalmente com o que garanta que a mudança seja realizável de fato e não somente frutos de imaginação e otimismo.
Por outro lado, os perfis mais adeptos a mudanças também são os melhores para a gestão de mudanças, principalmente em contextos e ambientes predominantemente conservadores, e que em muitos casos urgem por mudanças efetivas.
Em suma, todo e qualquer perfil é o melhor para gestão de mudanças, desde que se tenha complementariedade (e não conflito) com seus opostos e equilíbrio para evitar os extremos, quer seja pelo extremo da aversão a mudanças, como pelo excesso de mudanças.
Evitar os extremos e buscar o equilíbrio pode ser a chave para a sustentação do seu sucesso e principalmente do sucesso dos seus clientes.
Se você gostou do que leu e algo fez sentido para você neste artigo, te convido a ler e reler os artigos anteriores (clique aqui) e principalmente ficar atento aos próximos artigos que trarei com mais dicas e conteúdos para turbinarmos e otimizarmos nossos trabalhos de desenvolvimento humano.
Se você já usa ou vai começar a utilizar assessments ou vai experimentar novos, avalie sempre a finalidade e eficácia de cada instrumento. Opte pelos que te trazem maior segurança, confiabilidade, e que tenham histórico de pesquisa, validação e boa atuação na área. Afinal de contas, nem tudo que é bom é barato.
Bruno Tsai
http://www.btperformance.com.br/
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