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Gráfico DISC: Não leia. Interprete e interaja!

Um gráfico DISC não deve ser lido, mas sim interpretado. Confira algumas variáveis que devem ser levadas em consideração para a definição da correta estratégia para a interpretação de um gráfico DISC.

Um gráfico DISC não deve ser lido, mas sim interpretado. Muito mais do que uma descrição de quem analisa. Para o analisado, deve ser sobretudo uma interação, onde um gráfico é um meio e não um fim, quando a interação entre duas pessoas constrói um resultado a quatro mãos.

Uma pessoa com alto D pode ser descrita com as palavras “agressiva” e “aventureira”, o que está conceitualmente certo e ao mesmo tempo pode ter uma conotação positiva, mas, em razão da história de vida da pessoa, referências ou momento atual, pode ouvir estas palavras de maneira ofensiva, podendo se fechar ou jogar contra o processo. Cada fator DISC traz uma enorme lista de adjetivos, saber escolher quais se encaixam com cada pessoa é fundamental, além de saber qual o melhor momento, tom de voz e exemplos para expor e explicar as características dos fatores DISC.

O clima do momento da comunicação é um importante componente para ser levado em consideração no planejamento de como será o processo de leitura do gráfico, principalmente, como será a estratégia de início.

A seguir listo algumas variáveis que devem ser levadas em consideração para a definição da correta estratégia para a interpretação de um gráfico.

Cuidado, quando a pessoa analisada estiver:

  • Em um período onde está sendo mal avaliada por colegas de trabalho (feedback 360º, por exemplo);
  • Não atingindo metas e sendo pressionada por isso;
  • Com medo de ser demitida;
  • Receosa, em razão de já ter tido uma experiência negativa, no passado, com instrumentos de análise de perfil comportamental;
  • Acreditando que está sendo avaliada para uma possível promoção;
  • Em período de avaliação de desempenho;
  • Incomodada com a devolutiva, pois não queria estar participando do processo;
  • Em um local inapropriado, em razão de desconforto, barulho ou com a possibilidade de interrupções frequentes;
  • Desconfortável com o profissional que fará a leitura do gráfico – as primeiras impressões deste profissional podem não ter sido boas.

Duas pessoas com o mesmo gráfico DISC podem reagir a uma devolutiva de maneiras muito distintas, em razão das situações anteriormente expostas, o que irá afetar seu nível de absorção, compreensão e cooperação.

Alexandre Ribas começou a trabalhar com consultoria e treinamento há mais de 20 anos. Atualmente é presidente da TTI Success Insights Brasil e membro do Advisory Council da TTI Success Insights, nos EUA, empresa presente em mais de 100 países. Possui uma vasta rede de contatos, com consultores e coaches bem-sucedidos, em diversos países. No Brasil, através da TTI Success Insights, atende mais de 200 consultores, coaches, palestrantes, treinadores e head hunters, por ano. Também pratica consultoria, através da sua empresa Venko Consulting, a qual teve início em 2002. Empreendedor desde 1998, atualmente possui cinco empresas em atividade. Sua formação acadêmica passa pela Universidade Mackenzie, UFPR, FIA-USP e Harvard. Também possui diversos cursos de formação em Coaching, PNL e desenvolvimento de pessoas. Foi o primeiro brasileiro a obter a formação completa, em turmas abertas, pela então ASTD, em HPI – Certificate in Human Performance Improvement. Possui três livros publicados, sendo eles “Manual Definitivo DISC”, “DISC – tudo o que você precisa saber, mesmo” e “Manual Definitivo Motivadores”. Escreve artigos desde 1998.
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