Guardar dinheiro mesmo na crise para ter amanhã
Passamos por um grande período de repensar nossa vida, em todos os aspectos, nunca nossa geração atravessou tamanha crise. Mas, mesmo diante a um cenário avassalador de uma crise, é preciso tirar lições e aprender com as dificuldades, voltando a projetar e sonhar.
A capacidade de projetar a vida após grandes imprevistos, de se imaginar em outro tempo, com outras necessidades, desafios e sonhos, é um meio inteligente e eficaz de se preparar para o futuro. Se você e sua família estiverem presos apenas ao presente, gastando tudo o que passa pelas mãos de vocês, colocarão em risco a estabilidade do presente e deixarão de construir as bases para um futuro mais tranquilo e feliz.
O fato é que não existe solução mágica. Para ter dinheiro, é preciso guardar, não apenas na crise. Não todo, mas ao menos uma parte. Tenha em mente que é importante reter pelo menos 10% do ganho da família. Mas, se você e sua família não tiverem feito reservas, deverão ter consciência de que vivem em uma situação vulnerável. Ter uma reserva financeira não depende de quanto as pessoas que trabalham ganham, mas de como administram o dinheiro que ganham.
Imagine sua vida e a da sua família como um jogo de percurso. Localize onde vocês se encontram hoje e projetem o que desejam realizar nos próximos meses e anos. Pense em quanto dinheiro vocês precisariam ter para realizar cada etapa. Depois avaliem se as atitudes no presente, em relação ao uso do dinheiro, favorecem ou comprometem a realização desses planos, seja no curto, no médio, no longo prazos.
Com isso em mente é hora de radiografar os gastos, ou seja, tomar nota, durante um mês, pelo menos, de todo e qualquer dinheiro que sair do bolso de cada membro da família, inclusive as crianças.
A proposta é registrar todas as despesas no ato da compra, pois, ao retardar a anotação, você acabará se esquecendo de fazê-la e deixará de ter um raio X preciso.
Vocês podem até estar pensando que não há muito o que cortar das suas despesas. Porém, ao analisarem suas anotações, verão que muitas das coisas que consomem são onerosas.
Não pense que, por estarem se reeducando financeiramente, vocês terão de abrir mão de todos os prazeres ou se tornar uma família avarenta e mesquinha. É claro que vocês podem e merecem se dar, de vez em quando, algum tipo de gratificação, mas devem tomar cuidado para que a realização daquele desejo imediato não ponha seus sonhos maiores e seu equilíbrio financeiro a perder.
Reinaldo Domingos
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