Estudo revela que 52% dos brasileiros têm receio do uso da Inteligência Artificial (IA)
Por Prando Godoy(*)
Investimento em Educação Profissional Continuada surge como alternativa para evitar o desemprego
A tecnologia digital tem se tornado cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e das empresas. Com o avanço da digitalização, é natural que os brasileiros estejam interessados em aproveitar as oportunidades oferecidas por essas tecnologias para impulsionar a produtividade.
Dados de uma pesquisa realizada pela Morning Consult, divulgados pela 3M, revelam que 82% dos brasileiros estão interessados em incorporar tecnologias digitais para gerar impacto positivo em sua saúde, bem-estar e produtividade.
A busca por soluções tecnológicas que possam otimizar processos e aumentar a produtividade não é uma novidade. No entanto, o interesse dos brasileiros em incorporar essas tecnologias de forma mais ampla e abrangente demonstra uma mudança de mentalidade. As pessoas estão percebendo que a tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas sim uma aliada indispensável para alcançar melhores resultados e se destacar no mercado.
“A inteligência artificial faz a rápida coleta de dados, analisa padrões e simula a resposta mais próxima à resposta humana, então é incrível para tarefas repetitivas e que exijam análise rápida de dados. Ela pode eliminar horas de análises de uma tabela de dados, trazendo várias combinações de informações para que uma decisão seja tomada, baseada em dados reais. Isso certamente aumenta a produtividade de indivíduos e de organizações inteiras”.
Isso é o que comenta Fernanda Godoy, especialista em Design de Experiências de Aprendizagem e CEO da Prando Godoy.
Apesar dessa realidade, o estudo também revela que 53% das pessoas se preocupam com os impactos da Inteligência Artificial (IA) no emprego, e 34% têm medo dessa tecnologia superar seus benefícios. Esse receio pode estar relacionado a diversos fatores, como o medo de perder o emprego para máquinas inteligentes e a preocupação com a privacidade.
Para Fernanda, é natural pensar que a Inteligência Artificial (IA) pode substituir alguns colaboradores, mas como em toda evolução tecnológica, algumas funções não farão mais sentido, enquanto outras serão criadas.
“De forma geral , acredito que as pessoas não precisam temer a substituição, se elas lembrarem de serem humanas. A Inteligência Artificial (IA) ainda precisa da supervisão humana, para corrigir e aprender continuamente. São os humanos que parecem ter a maior capacidade de adaptação a novos cenários, e este é só mais um novo”.
Investir em educação corporativa é uma alternativa para driblar o receio das pessoas com a Inteligência Artificial (IA), pois as empresas podem ajudar seus funcionários a se adaptarem ao novo perfil de mercado, através de programas de aprendizagem que realmente estimulem o desenvolvimento das competências socioemocionais e o pensamento crítico e estratégico. A especialista afirma:
“É preciso perceber que o melhor que cada colaborador poderá oferecer ao seu negócio é sua capacidade de pensar, criticar e criar. Estas são as competências que realmente farão a diferença e podem ser aprimoradas através da educação profissional continuada”
A Educação Profissional Continuada é o aprendizado formal e informal que vai sendo adicionado a cada colaborador, de forma contínua e incremental, em sua carreira.
Considerando que as carreiras são, de fato, cada vez menos lineares, diariamente surge a necessidade das pessoas desenvolverem múltiplas competências para serem bem-sucedidas em seu papel profissional, frente aos desafios que o mercado impõe. Não basta apenas ter a melhor formação acadêmica para que um profissional seja bem-sucedido em suas funções e em sua carreira. O desenvolvimento é uma necessidade contínua.
E, finaliza Fernanda:
“As pessoas querem crescer, querem ser reconhecidas e para que isso ocorra continuamente, é preciso que elas façam coisas novas, e para fazer coisas novas , elas necessitam de aprender algo novo”
Diante da evolução e das inúmeras ferramentas tecnológicas disponíveis para o trabalho, as empresas devem aproveitar os programas de educação corporativa para estimular o pensamento criativo, analítico e sistêmico para ser usado a favor da evolução ética e responsável dos negócios.
(*) Prando Godoy é uma empresa especializada em educação corporativa que utiliza a metodologia do Design de Experiências de Aprendizagem e oferece serviços de educação, formação de facilitadores e arquitetura de treinamento. A companhia tem como missão olhar de forma inteligente para os desafios das organizações e propor soluções. E por meio do acompanhamento da evolução e dos resultados, alcançar os objetivos de forma estratégica, sem deixar de colocar as pessoas em primeiro lugar.
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Quer saber mais sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) no emprego e como driblar o receio das pessoas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você.
Adriana Gomes
Mestre em Psicologia Social e do Trabalho
https://www.vidaecarreira.com.br
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