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Inclusão de pessoas LGBTQIAPN+: Responsabilidade de quem?

Descubra a importância da inclusão de pessoas LGBTQIAPN+ e como diferentes setores da sociedade podem contribuir para um futuro mais justo e igualitário. Entenda o papel do governo, da iniciativa privada e do terceiro setor nesta luta contínua.

Inclusão de pessoas LGBTQIAPN+: Responsabilidade de quem?

Inclusão de pessoas LGBTQIAPN+: Responsabilidade de quem?

Em junho é celebrado internacionalmente o mês do orgulho LGBTQIAPN+. Uma ocasião para comemorar e elevar as vozes da comunidade e dedicado à luta por direitos iguais, aceitação e celebração da diversidade sexual e de gênero.

A escolha de junho é decorrente da Revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, quando um grupo de policiais invadiu o bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, em Nova York, e prenderam pessoas transgêneras, drag queens e drag kings presentes no local acusados de travestismo, que naquela época era ilegal em Nova York.

A abordagem despertou a ira dos presentes, que reagiram à invasão entrando em conflito com a polícia. O conflito se estendeu por mais quatro dias e, de fato, marcou um ponto de virada importante na luta pelos direitos LGBTQIAPN+.

As Paradas do Orgulho, fazem parte destas conquistas, pois são manifestações importantes e realizadas em todo mundo que permitem refletir sobre o estado atual pelo qual passa essa parcela da população.

É uma oportunidade para educar e aumentar a conscientização sobre questões que afetam a comunidade, bem como para honrar aqueles que lutaram e continuam a lutar por igualdade e justiça.

Em sua 28ª edição, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, uma das maiores do mundo, realizada com o tema Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo: vote consciente por direito da população LGBT+, reafirmando o compromisso em combater o preconceito e apoiar representantes que promovam políticas públicas afirmativas e assim joguem luz em pautas sobre direitos humanos.

Ao longo do tempo outras conquistas ocorreram, como:

  • A retirada da homossexualidade do rol de doenças pelo Conselho Federal de medicina no Brasil, em 1985 e em 1990 pela OMS. Contudo, a transexualidade somente teve este reconhecimento em 2018.
  • Veto do Conselho Federal de Psicologia, em 1999, para que profissionais da área exerçam qualquer atividade que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoafetivas.
  • Acesso integral ao uso do nome social e a mudança do corpo, desde o tratamento hormonal até as cirurgias de redesignação sexual e procedimentos complementares pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas transgênero em 2008.
  • Alteração do entendimento do Código Civil, em 2011, de que família era formada por um homem e uma mulher e o reconhecimento, pelo STF, que uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo passaram a ser permitidas, seguindo as mesmas regras e consequências daquelas entre casais heterossexuais.
  • Decisão do STF, em 2018, que transexuais/transgêneros têm o direito de alterar seus nomes nos registros civis sem a necessidade de realizar uma cirurgia.
  • Reconhecimento, em 2019, pelo STF de que a homofobia é um crime imprescritível e inafiançável.
  • Proibição da discriminação de doadores de sangue com base na orientação sexual, em 2021.

Apesar destas importantes conquistas, há uma longa caminhada até atingir o ideal. Afinal, o Brasil, pelo décimo quinto ano seguido, é o país que mais mata pessoas destes gêneros no mundo. São 145 trans e travestis assassinados no país em 2023, segundo a ANTRA – Associação Nacional das Travestis e Transexuais.

Clique aqui e conheça o dossiê!

Estes dados mostram o quanto é importante ações de todos os setores da sociedade: governo, iniciativa privada e terceiro setor para gerar mais consciência social e reverter este cenário tenebroso.

Por parte do 1º setor, situação e oposição, devem se unir em prol desta pauta. Aqui falamos de pessoas, de vidas e polarização certamente não ajuda. Criar políticas públicas que protejam e garantam a dignidade e a inclusão, de forma igualitária, as pessoas LGBTQIAPN+ é fundamental e urgente.

O 2º setor, iniciativa privada, tem o papel essencial, de inserir a Diversidade, Equidade e Inclusão como parte de sua cultura e valores organizacionais. A partir desta ação, possa acolher adequadamente, promover reflexões em seus colaboradores, defender a pauta além do mês do orgulho. O objetivo é criar ambientes seguros, gerar visibilidade, representatividade e oportunidades igualitárias.

O 3º setor tem se destacado no seu papel de apoiar esta e outras pautas ocupando um espaço que o poder público ou a iniciativa privada ainda não preencheu. Dessa forma, servindo de holofote para pautas tão importantes e urgentes.

A sociedade é composta por pessoas que atuam em diferentes áreas de conhecimento e camadas da sociedade. Somente construiremos uma sociedade mais justa e inclusiva, quando criarmos a consciência de coletividade, por meio da empatia, respeito mútuo e união.

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Quer conversar mais sobre a inclusão de pessoas LGBTQIAPN+? Quer saber mais sobre como podemos construir uma sociedade mais justa e inclusiva, criando-se consciência de coletividade por meio da empatia, respeito mútuo e união? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/

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Pós-Graduado em Tecnologia Assistiva pela Fundação Santo André/ITS Brasil/Fundação Don Carlo Gnocchi (Itália/Milão). Pós-graduado em Psicologia Organizacional pela UMESP e Graduado em Psicologia pela UNIMARCO. Extensão em Gestão de Diversidade pela PUC (Trabalho final: “O impacto do imaginário dos líderes no processo de diversidade e inclusão nas organizações”), Credenciado em Holomentoring, Coaching e Advice pelo Instituto Holos. Formação em Coaching Profissional pela Crescimentum. Formação em Facilitação Digital pela Crescimentum, Formação em RH e Mindset Ágil pela Crescimentum. Formado como analista DISC Vivência de 30 anos na área de RH, em subsistemas como Recrutamento & Seleção, Treinamento, Qualidade, Avaliação de Desempenho e Segurança do Trabalho. Desempenhou papéis fundamentais em empresas como Di Cicco., Laboratório Delboni Auriemo, Wal Mart, Compugraf, Mestra Segurança do Trabalho.Atualmente é Diretor da TRAINING PEOPLE responsável pela estratégia e coordenação de equipe multidisciplinar especializada em temas como Diversidade, Liderança e Gestão, Vendas, Educação Financeira, Comunicação, Turismo e Segurança do Trabalho. Coach de transição de carreira, desenvolvimento de competências e de líderes e Mentor em Empreendedorismo e Diversidade, Equidade e Inclusão.Presidente e Fundador do Instituto Bússola Jovem, projeto social com foco em jovens de baixa renda que tem por missão transformar vidas através da Educação, Trabalho e Carreira. Colunista das Revista Cloud Coaching. Atua como Mentor no Programa Nós por Elas do Instituto Vasselo Goldoni.Coautor do livro: Segredos do sucesso: da teoria ao topo – histórias de executivos da alta gestão pela Editora Leader e do livro Gestão Humanizada de Pessoas pela Editora Leader. Coordenador e coautor do livro Diversidade em suas dimensões pela Editora Literare Books.
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