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Indicador Financeiro: Qual Você utiliza na Gestão do Seu Negócio?

Existem vários indicadores financeiros, mas alguns ajudarão muito na avaliação dos seus resultados. Explore os indicadores cruciais para a gestão de negócios e como eles podem otimizar a gestão do seu negócio.

Indicador Financeiro: Qual Você utiliza na Gestão do Seu Negócio?

Qual indicador financeiro você utiliza na gestão do seu negócio?
Existem vários, mas alguns ajudarão muito na avaliação dos seus resultados.

Há cerca de um ano eu escrevi um artigo sobre “Indicadores” (clique aqui) sobre a sua importância, como são estruturados, onde são utilizados e sua relevância do ponto de vista:

  • Estratégico: acompanhados pela alta direção na avaliação do desempenho da operação em comparação com o planejamento e quais as correções necessárias;
  • Tático: utilizados pela alta e média direção para avaliar o resultado das medidas de curto ou médio prazo; ou
  • Operacional: utilizados por cada uma das áreas na avaliação do seu desempenho.

Hoje quero aprofundar um pouco mais nos indicadores Financeiros. Uma forma de ajudar pessoas com a mesma dificuldade que uma amiga está tendo no curso de finanças que está fazendo.

Via de regra os indicadores financeiros seguem padrões na sua apuração, de forma que o pessoal da empresa ou público externo tenham a mesma condição de apurá-los e analisá-los.

Como público externo temos: os analistas de crédito para manutenção ou ampliação de linhas de crédito da empresa, analistas de investimento ou público em geral no acompanhamento dos resultados das empresas com títulos emitidos (ações ou debêntures, por exemplo).

Os indicadores financeiros são calculados com base nos dados extraídos das demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial, DRE – Demonstração de Resultados do Exercício e Fluxo de Caixa), sendo divididos em:

1. RENTABILIDADE que são expressos em percentuais:

  • Margem Bruta = Lucro Bruto (Receita total menos CMV – Custo das Mercadorias Vendidas) dividido pela Receita Total. Mede a eficiência das vendas.
  • Margem líquida = Lucro Líquido dividido pela Receita Total. Mede quanto da receita total “sobrou” depois de todos os custos e despesas.
  • Margem EBITDA[1] = EBITDA dividido pela Receita total. Mede quanto da receita total “sobrou”, deduzidos os custos e despesas operacionais.
  • ROE (Return on Equity) = Lucro Líquido dividido pelo Patrimônio Líquido, por isso é conhecido como Retorno sobre Patrimônio Líquido. Basicamente é a remuneração dos cotistas ou acionistas da empresa.

2. ENDIVIDAMENTO que podem ser expressos em percentuais ou anos

  • Total = Dívida Total dividida pelo EBITDA. Mede quanto a dívida representa do resultado (expresso em percentuais), ou quantos anos são necessários para a quitação da dívida (expresso em número racional). Por exemplo:
    • I. Dívida total = R$ 20 milhões e EBITDA = R$ 7 milhões
    • II. Endividamento = Dívida total/EBITDA = 20/7 = 285% ou 2,85 anos
  • Líquido = Dívida Total menos o disponível em caixa e aplicações dividida pelo EBITDA. Por exemplo:
    • I. Dívida total = R$ 20 milhões; EBITDA = R$ 7 milhões;
    • II. Caixa + Aplicações = R$ 2 milhões;
    • III. Endividamento Líquido = (Dívida total – Caixa)/EBITDA = (20-2)/7 = 257% ou 2,57 anos.

Obs.: particularmente não vejo benefícios em calcular o endividamento líquido quando o Caixa e Aplicações forem maiores do que a Dívida.

3. LIQUIDEZ é expressa em números racionais. De acordo com os ativos e passivos considerados no cálculo temos:

  • Imediata = Disponibilidades (Caixa + Aplicações de Curto Prazo) dividida pelo Passivo Circulante. Mede quanto os recursos disponíveis são suficientes para pagar as obrigações de curto prazo.
  • Corrente = Ativo Circulante dividido pelo Passivo Circulante. Mede quanto os ativos de curto prazo, assumindo que serão realizados, são ou não suficientes para pagar as obrigações de curto prazo.
  • Seca = Ativo Circulante menos Estoque dividido pelo Passivo Circulante. Semelhante ao anterior, porém os estoques são excluídos.
  • Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo dividido pelo Passivo Circulante + Não Circulante. Semelhante a Liquidez Corrente, porém, com a inclusão dos ativos e passivos de longo prazo.

Alguns alertas importantes no uso desses indicadores! O indicador por si, não quer dizer nada, ele precisa ser contextualizado para ser avaliado. Por exemplo: conhecer a empresa e seu setor de atuação; levantar o histórico do indicador nos resultados da empresa e saber as condições de mercado.

Para facilitar o entendimento vamos imaginar o endividamento total de uma empresa em 7 anos e de uma outra em 3 anos. Só essa informação não diz nada; aprofundando a análise apuramos que a primeira acabou de emitir uma debênture de 10 anos, enquanto dívida total da segunda vence em 1 ano, o que nos permite uma melhor avaliação.

Em outro exemplo temos duas empresas com Liquidez Corrente = 2, mas de setores de atuação diferentes. Sabendo disso elas não são comparáveis entre si, precisam ser comparadas com empresas dos respectivos setores, caso contrário qualquer conclusão estará equivocada.

Você já tinha ouvido falar de algum desses indicadores? Já utilizou algum? Então compartilhe comigo sua opinião e experiência.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre qual indicador financeiro você deve utilizar na gestão do seu negócio que irá ajudar muito na avaliação dos resultados? Então, fale comigo que eu terei o maior prazer em ajudar.

Marcio Motter
https://marciomotter.com.br/

[1] tradução livre: Resultado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização

Confira também: Custo Brasil: O que Empresas e Empreendedores Precisam Saber!

 

⚙️ Saiba mais
Marcio Motter é um Executivo Financeiro com mais de 25 anos de experiência em Tesouraria, Controladoria, Planejamento, Fusões & Aquisições, Relações com Investidores e emissão de títulos de dívida (bonds e commercial papers) em diferentes setores (publicação, restaurantes industriais, defesa e eletrônicos). Ao longo de todos esses anos ele atuou próximo às áreas de negócio viabilizando alternativas consistentes com a estratégia da empresa e não apenas no controle de custos, despesas e processos; gerindo os riscos das operações e não levantado empecilhos ou limitações para a realização delas. É autor do e-book “Aumente o lucro sem aumentar o preço” e mentor do InovAtiva desde 2017.
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