Inovação Aberta (Open Innovation): Mito ou Verdade?
Antes do vertiginoso boom das startups, a inovação era tratada pelas empresas apenas como uma atividade interna de pesquisa e desenvolvimento determinada por um processo rígido direcionado por fortes análises de mercado conduzidas pela própria empresa.
O relacionamento com parceiros de desenvolvimento de tecnologia e produtos, como por exemplo, universidades e instituições de pesquisa, era limitado e pouco abrangente, limitando-se à obtenção de tecnologias desconhecidas na empresa, sem promover a coautoria com essas instituições no desenvolvimento de seus produtos.
Por que observamos esse comportamento?
Principalmente, as grandes corporações que detinham o volume necessário de recursos para promover suas atividades de pesquisa e desenvolvimento, preferiam manter esses trabalhos dentro de casa, como forma de manutenção do sigilo de suas intenções estratégicas e de proteção das tecnologias desenvolvidas.
Em contrapartida, a manutenção desse modelo resulta em um processo pouco ágil de evolução do portfólio de produtos da empresa, porém essa desvantagem não se mostrava um problema para essas organizações.
Entretanto, as tecnologias emergentes, com a consolidação da informática nos ambientes industriais e residenciais, permitiram que novos modelos de negócio desafiassem o status quo do mercado em diversas atividades comerciais.
Por exemplo, o mercado musical amplamente dominado por gravadoras se viu compelido a experimentar mudanças radicais devido à mudança para o paradigma digital da música. E ver o crescimento rápido de novos entrantes como a Spotify, que hoje domina o mercado com um serviço de streaming.
Dessa forma, a inovação fechada, escondida, individual, feita dentro de casa, foi desafiada pelo risco iminente da extinção das corporações que não se adaptassem rapidamente às mudanças de mercado, portanto, a inovação aberta (open innovation), pode não ser a primeira escolha das empresas.
Contudo, ela é necessária e essencial para manter as corporações inseridas no ambiente de transformação dos negócios. Sempre antenada com as novas tecnologias e mudanças nos modelos de negócios, permitindo uma ação rápida quando necessário.
Mas, o que é a inovação aberta (open innovation)?
A inovação aberta envolve a cooperação entre fontes internas e externas de inovação, quebrando fronteiras e barreiras tradicionais para impulsionar o conhecimento e o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. É uma abordagem colaborativa que promove a troca de ideias entre parceiros como clientes, fornecedores, universidades e centros de pesquisa, para cocriar valor.
O grande desafio da inovação aberta é a cocriação. Cocriar requer confiança mútua entre os parceiros, não basta especificar um projeto de P&D para que seu parceiro execute como uma caixa preta. É necessário compartilhar a visão do cliente, incluir as experiências e percepções do parceiro, revisar a concepção do produto em desenvolvimento. E, assim, obter algo novo que reúne as forças e experiências de todos envolvidos.
Como é o processo de inovação da sua empresa: Aberto ou Fechado?
Faça uma reflexão sobre o modelo de inovação mais adequado para o seu negócio, considere utilizar uma ferramenta de diagnóstico do processo de inovação, e obter resultados que possam orientar a evolução desses processos.
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Quer saber conversar mais sobre inovação aberta (open innovation) e inovação fechada? Ou como obter recursos para seu projeto de inovação ou sobre o diagnóstico do processo de inovação? Me chame no WhatsApp (12) 99605-1999. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Até o próximo artigo!
Um abraço.
Marcelo Farhat
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