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Inteligência Artificial: Vantagens e Desvantagens no Atendimento Terapêutico

Descubra o impacto da inteligência artificial na terapia. Entenda como a IA está revolucionando a saúde mental, suas vantagens e desvantagens, seus desafios e o futuro da terapia assistida por IA.

Inteligência Artificial: Vantagens e Desvantagens da IA na Terapia e Atendimento Terapêutico

Inteligência Artificial: Vantagens e Desvantagens da IA na Terapia e Atendimento Terapêutico

Olá Leitor,

Você também está curioso e surpreso com a rápida evolução e com os recursos da IA, Inteligência Artificial? Tudo novo com muitas alterações que afetam o dia a dia e interferem na vida pessoal e profissional.

Muitos questionamentos surgem sobre a aplicabilidade, eficiência e resultados. A verdade é que estamos todos um pouco perdidos e teremos que aprender a avaliar como nos relacionamos com a ferramenta.

Um dos questionamentos é sobre os atendimentos individuais em processos terapêuticos: será que funciona? Não seria esta uma forma de dar acesso a tratamentos a quem nunca poderia tê-lo?

Um chatbot que faz este trabalho é o Wysa, bot que atende paciente de terapia cognitivo comportamental. De acordo com a pesquisa conduzida por psicólogos da Universidade de Stony Brook em Nova York, do Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências na Índia, pacientes rapidamente passaram a acreditar que o bot gostava e respeitava eles – e que ele se importava.

Com mais de um milhão de downloads na Apple Store, não é a única opção para quem procura atendimento psicológico por inteligência artificial.

O character.ia foi criado por Sam Zaia, um estudante de medicina de 30 anos da Nova Zelândia. Ele ensinou à IA os princípios de seu curso de psicologia de graduação, criado inicialmente para uso pessoal. A IA pode se passar por qualquer pessoa, fictícia ou não – ou seu psicólogo pessoal – e pode vir com todas as características que você procuraria em um profissional real.

O fato de poder programar sua IA exatamente como deseja também pode fortalecer os laços de confiança. Pode amenizar os medos de julgamentos que algumas pessoas enfrentam quando falando com humanos adaptando a personalidade da IA à preferência dos pacientes: “Mas isso não seria uma forma de manipular a terapia?”

Sem dúvida, em relação a custos, a IA se mostra muito mais acessível, sem deslocamentos e com disponibilidade imediata e pode também suprir a escassez de profissionais de saúde mental. No entanto, seria esta uma substituição total?

Por enquanto não há estudos suficientes para avaliação e a IA ainda aparece mais como uma ferramenta de suporte que pode auxiliar os profissionais em suas práticas, sem substituir ao contato humano e a relação terapêutica, mas vemos que os aplicativos estão indo no caminho de tornar mais acessíveis e populares o atendimento por bots incrementando os recursos e dando alternativas aos usuários.

A ferramenta Limbic.AI oferece personalidades dos chatbots que podem ser instantaneamente adaptadas às preferências do paciente. Já o serviço Earkick oferece cinco chatbots diferentes para escolher, os chamados Panda Sábio (“sábio e paciente”), Panda Treinador (“motivador e otimista”) e Panda Amigo para Sempre (“carinhoso e amigável”).

A verdade é que a inteligência artificial pode ser usada em várias etapas da terapia e processo terapêutico, por exemplo:

1. Triagem inicial:

Para coletar informações sobre os sintomas e preocupações do paciente de forma a ajudar a priorizar os casos e direcionar para o profissional de saúde mental apropriado;

2. Apoio ao diagnóstico:

Os algoritmos de IA podem analisar dados e padrões para auxiliar no diagnóstico de condições mentais e identificar sinais e sintomas específicos que podem não ser prontamente perceptíveis;

3. Terapia assistida por IA:

Suporte terapêutico contínuo aos pacientes através de aplicativos móveis, plataformas de terapia online e até mesmo robôs terapêuticos que interagem com os pacientes para fornecer apoio emocional;

4. Monitoramento contínuo:

Pode ser usada para monitorar o progresso dos pacientes analisando dados como padrões de sono, atividade física e resposta emocional;

5. Personalização do tratamento:

Com base nos dados coletados, a IA pode ajudar a personalizar o tratamento para cada paciente, adaptando as intervenções terapêuticas;

6. Análise de dados e pesquisa:

A IA também é útil na análise de grandes conjuntos de dados relacionados à saúde mental, ajudando os pesquisadores a identificarem tendências, fatores de risco e estratégias de intervenção mais eficazes.

Sabemos que um dos maiores obstáculos para a terapia eficaz é a relutância dos pacientes em se revelar completamente e que muitos mentem, a IA pode ajudar nesta avaliação e detectar desde alterações de voz até fatos incongruentes. Há ainda um certo anonimato garantido pelas avaliações de IA que podem ser atraentes para pacientes que estigmatizam a terapia ou estão, por exemplo, em situação de trauma.

Um novo artigo na revista Nature Medicine, coautoria do CEO da Limbic, descobriu que o assistente de autorreferência da IA da Limbic – que torna os formulários de triagem online mais envolventes e mais anônimos – de fato aumentou as indicações para o tratamento de saúde mental pessoal do NHS, sistema de saúde britânico, em 29% entre pessoas de minorias étnicas. “Nossa IA foi vista como intrinsecamente não julgadora”, diz ele.

Além da eficácia da terapia com chatbots ainda não ter estudos comparativos com a tradicional, os chatbots nem sempre respondem adequadamente.

O atendimento psicológico por robôs e inteligência artificial é uma área em desenvolvimento que gera diferentes opiniões e debates, e existem vantagens e desvantagens a se considerar:

a) Vantagens da IA na terapia e atendimento terapêutico:

  • Acessibilidade;
  • Atendimento 24/7;
  • Redução de estigma;
  • Feedback imediato.

b) Desvantagens da IA na terapia e atendimento terapêutico:

  • Falta de empatia;
  • Limitações técnicas;
  • Privacidade e segurança;
  • Substituição do elemento humano.

No geral, o uso de robôs e inteligência artificial no atendimento psicológico é uma área em evolução. Por isso é importante considerar cuidadosamente os prós e contras ao implementar essas tecnologias.

À medida que os avanços na IA continuam, é crucial que os psicólogos se mantenham atualizados e abertos às inovações. Buscando compreender como essas tecnologias podem ser utilizadas para enriquecer suas práticas profissionais.

Ainda que possa haver um longo caminho a percorrer até que a IA se torne uma ferramenta onipresente na psicologia, o processo de evolução está em andamento. Por isso é fundamental que os profissionais estejam preparados para essa transformação.

Embora a Inteligência Artificial ofereça muitos benefícios no campo da terapia e atendimentos terapêuticos, é importante notar que ela não substitui a importância da conexão humana e da empatia proporcionada por profissionais de saúde mental qualificados. A combinação da inteligência artificial com a expertise humana pode, de fato, resultar em abordagens mais abrangentes e eficazes no cuidado da saúde mental.

Gostou do artigo? 

Quer saber mais sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na terapia e atendimento terapêutico, suas vantagens, desvantagens e desafios? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Mônica Barg
https://www.monicabarg.com.br

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Mônica Barg Author
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Mônica Barg é uma profissional experiente, atuando como Coach, Mentora e Psicanalista. Ela é caracterizada por sua curiosidade incessante, sua acolhida calorosa, sua produtividade incansável e seu espírito empreendedor. Sua busca constante é pela melhor informação e conteúdo, seja relacionado a temas ou indivíduos. Tem uma crença profunda no potencial individual de cada pessoa e adota abordagens inovadoras para se conectar com a essência única de cada indivíduo, buscando a evolução e a entrega do melhor em desenvolvimento humano. Com uma carreira de mais de 30 anos, acumulou experiência executiva em diversas áreas, incluindo atendimento ao cliente, desenvolvimento de novos negócios e gestão comercial. Possui um amplo conhecimento dos processos e estruturas corporativas, bem como uma compreensão profunda da cultura organizacional. Além disso, tem uma extensa experiência de mais de 1500 horas em atendimentos individuais para orientação e desenvolvimento de pessoas, bem como orientação para o desenvolvimento e implementação de ações empreendedoras e processos organizacionais. Sua abordagem é caracterizada por uma visão sistêmica, combinada com uma profunda percepção do indivíduo, o que lhe permite traduzir em estratégias de atuação tanto em nível individual quanto empresarial. Possui uma formação sólida, sendo Mentora certificada pela FGV-RJ e Escola de Mentores, Mestranda em Gestão do Conhecimento pela FUNIBER, com Pós-Graduação em Psicologia Positiva e Coaching pela UCAM-RJ, bem como certificações em Coaching pela SBP e Crescimentum. Ela é Psicanalista certificada pela SBPI-SP, com Pós-graduação em Administração e Psicanálise do Século XXI, ambos pela FAAP. Adicionalmente, Monica possui certificações em Coaching Evolutivo, Coaching de Liderança e Formação em Psicanálise pela AEDP em Nova York. Sua formação acadêmica inclui uma graduação em Arquitetura pela UFRJ.
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