Em 2016 o Fórum Econômico Mundial divulgou um relatório apresentando as 10 competências que todo profissional de sucesso vai precisar até 2020. Esse trabalho baseou-se nas mudanças que vêm ocorrendo no mercado de trabalho, o que está sendo chamada de Quarta Revolução Industrial, voltada para a era da robótica, automação e inteligência artificial. Essa nova era faz com que novas competências ganhem importância e uma das 10 principais que apareceu pela primeira vez na lista foi a Inteligência Emocional.
A Inteligência Emocional é um termo que foi muito divulgado pelo pesquisador Daniel Goleman, composto por duas habilidades, sendo a primeira a Intrapessoal (como eu percebo e gerencio as minhas próprias emoções) e a Interpessoal (como eu percebo e gerencio as emoções das outras pessoas). Para isso precisamos entender o que são emoções e como podemos gerenciá-las.
Segundo o neurocientista Antonio Damasio, emoções e sentimentos não são a mesma coisa. Emoções são energia em movimento, sinais biológicos como um coração acelerado, palmas suadas ou alterações no ritmo respiratório. Sentimentos são a consciência em nossa mente dessa energia em movimento. As situações que vivenciamos no nosso dia a dia sempre despertam emoções, mas nós não necessariamente percebemos isso de forma consciente. O objetivo desse processamento é garantir a nossa sobrevivência, pois ao invés de ter que pensar sobre a situação, a emoção já modela quais ações devemos tomar na sequência. A emoção nos avisa que existe uma oportunidade ou nos alerta sobre possíveis ameaça. É uma resposta aos eventos que ocorre de forma não consciente.
Não temos controle sobre a emoção que é gerada, mas no momento em que identificamos essas alterações fisiológicas, podemos nominá-las, como por exemplo, estou frustrado, sentindo raiva, com vergonha ou com ciúmes. Identificar e nomear a emoção é o que gera a consciência sobre o que estamos sentindo, permitindo termos controle sobre as ações que teremos a partir desse sentimento. Precisamos aprender a gerar consciência sobre as alterações fisiológicas do nosso organismo para que possamos ter um maior controle sobre as ações que teremos a partir disso. Isso é o que permite ampliar a nossa inteligência emocional.
Se queremos transformar nossas vidas, temos que entender que, as emoções estão sinalizando o tempo todo se estamos bem ou não, podendo predizer nossa saúde, sensação de bem-estar, sucesso, realização e motivação. Desta forma as emoções vão interferir na nossa performance, capacidade de tomar decisão, capacidade de criar e se relacionar com os demais.
É importante entendermos que as emoções geram o sentimento que nos levam a um determinado comportamento. Nós não temos controle sobre as situações com as quais deparamos no nosso dia a dia, mas se aumentarmos a consciência sobre esse nosso processamento interno, podemos decidir como desejamos reagir a determinada situação. A inteligência emocional envolve entendermos melhor o nosso funcionamento interno. Sair da posição de vítima, para assumir a responsabilidade sobre o controle das nossas emoções.
Quantas vezes nos surpreendemos com as reações de outros ou com nós mesmos, onde diante de uma adversidade vemos reações completamente infantis. Muitas vezes isso ocorre pois não nos foi ensinado a fazer a gestão das nossas emoções. Apesar da inteligência emocional ainda não fazer parte do currículo acadêmico é possível identificar a importância do desenvolvimento dessa competência para o sucesso profissional e pessoal. Se você pode controlar as suas emoções, você pode mudar o seu mundo. Qual mundo você deseja criar para você?
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