Precisei trocar a bateria do carro. Ao fazer o pagamento sugeri a troca do serviço realizado por outro na área de treinamento e desenvolvimento de pessoas. O rapaz que me atendera trouxe a resposta: “Como assim? Não trabalhamos com esta forma de pagamento”.
Pedi alguns minutos para explicar como funcionaria, se aceitassem este formato. Iniciamos um diálogo:
– Há algum treinamento sobre vendas ou outro que precisem? Caso exista a necessidade: entregaria a capacitação em troca do conserto.
– Mas é apenas uma bateria… Quanto custa o seu serviço?
– Posso lhe dizer o valor do treinamento, mas ideia original não é essa. Hoje é um sábado de manhã. Vocês vieram até a minha casa, trocaram a bateria e retornaram comigo até a oficina para um teste final. Fui bem atendido desde o primeiro telefonema. Como vocês fazem para valorar tudo isso? Há pessoas que estão treinadas e amam o que fazem aqui. Acredito que nesta direção o uso do valor dinheiro é ressignificado: O que é importante e essencial durante o serviço que oferecem? Podemos também negociar mais trocas ao longo do tempo… Ajustar interesses comuns com outros possíveis clientes/fornecedores que também trocam serviços.
– Muito interessante. Mas não tenho como fazer isso agora.
Tenho um amigo que é mecânico de precisão para bicicletas que necessitam de alto de desempenho. Em um dos nossos treinos ele propôs: “Leandro, você trocaria sessões de Coaching por manutenções à sua bicicleta?”. Aceitei de pronto!
Ao compartilharmos valores como gentileza, prontidão, educação, pontualidade e amizade – entre tantos outros: encontramos formas para empregar o nosso tempo e a nossa disponibilidade. O valor moeda – que é intrinsecamente monetário – dá lugar ao encontro entre pessoas por meio daquilo que entregam como resultado: aqui visto por meio do serviço; como também, é promovida a comunicação entre objetivos e causas. O escambo que conhecemos há tanto tempo… Hoje é visto por meio de plataformas eletrônicas que promovem as trocas e a fidelização àqueles que estão plenamente engajados nessa proposta.
Quais trocas você vê/sente que são possíveis? Como torná-las cada vez mais presentes no nosso dia a dia?
Participe da Conversa