“Digam o que digam preciso saber se vou dizer”. Repetir por repetir pode ser um perigo.
Queremos dizer, queremos dizer que sabemos, que estamos antenados e que entendemos sobre tudo ou quase tudo.
Precisamos assumir que não sabemos, não é possível saber sobre tudo, nem é possível sabermos sobre alguns poucos assuntos profundamente.
Há uma responsabilidade quando compartilhamos notícias, textos, informações.
Vamos nos acalmar, respirar e pensar, antes de sair por aí disseminando e, muitas vezes, invadindo a vida e momentos de outras pessoas.
O que é muito interessante para alguns não quer dizer nada para outros e vice-versa.
Precisamos ver quem são as pessoas que temos afinidade de verdade para então trocarmos, conversarmos, confiarmos a elas nossos interesses, tristezas ou sorrisos.
Muitas vezes nos perdemos com as ferramentas que a tecnologia nos apresenta. São tantas as novidades, tanto o que fazer com elas.
Quando conhecemos alguém presencialmente temos a chance (pelo menos de tentar) observar quem é essa pessoa, conversando conseguimos ouvir (pelo menos um pouco), se comunicando pela fala podemos interagir e demonstrar como somos (pelo menos de leve).
Pois bem, supondo que, como há apenas pouquíssimo tempo, não existisse WhatsApp, quando, como e onde voltaríamos a ver e poder conversa com essa mesma pessoa?
Não teríamos que querer? Que nos mobilizar para talvez sair de nossa zona de conforto para reencontrar essa pessoa? Não teríamos que ter pontos de interesse em comum…assuntos…etc.?
Não estou falando sobre não usarmos os recursos tecnológicos. Eles vieram para ficar e aumentam exponencialmente. Estou falando sobre não perdermos nossa humanidade de relacionamentos interpessoais, continuando usando nosso bom senso, nossa criticidade sobre o que é bom disseminar e o que não é bom.
- Precisamos pensar se faz sentido enviar para essa ou para aquela pessoa;
- Precisamos ter um senso crítico sobre os assuntos;
- Precisamos nos posicionar sobre nossa intenção ao enviar para essa ou aquela pessoa;
- Precisamos respeitar o tempo de resposta das pessoas.
E….
Especialmente, precisamos verificar se as notícias que recebemos são verdadeiras antes de disseminá-las.
Talvez alguém pense: Ah, mas tudo isso dá trabalho… é tão legal passar para frente coisas que eu acho legal ou interessante… verificar dá um trabalhão… vou perder muito tempo…
Tudo bem. Pensar assim também é humano. A questão é:
Fazer isso em excesso sem pensar em consequências, às vezes são consequências simples e que se resolve fácil e rapidamente, às vezes, são consequências irreparáveis.
Se verificar é perda de tempo, será que o assunto é tão crucial assim?
Nem vamos abordar aqui a invasão de privacidade (em todos os níveis), vamos focar nas questões relacionadas à formação de opinião.
Falsas notícias sempre existiram. Porque hoje elas viralizam, correm como um rastro de pólvora, pegam fogo.
Porque nós contribuímos para isso mais do que nunca!
É muito gostoso receber boas notícias, boas energias virtuais, às vezes aquecem a alma e fazem toda a diferença na rotina e dureza da vida, mas precisamos lembrar que o contrário também é verdadeiro.
Vamos aprender algumas formas de nos blindar das falsas notícias, nos cuidar e consequentemente cuidar de nossos amigos, familiares e até (direta ou indiretamente) do meio ambiente em que vivemos.
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