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Somente São Livres Aqueles que Nada Cativam?

Você já refletiu se a verdadeira liberdade está em não criar vínculos? Descubra como os laços que cultivamos podem limitar ou enriquecer nossa vida e por que escolher conscientemente o que cativamos pode ser o verdadeiro segredo para viver com liberdade

Somente São Livres Aqueles que Nada Cativam? Uma reflexão sobre liberdade, vínculos e os laços que nos prendem

Somente São Livres Aqueles que Nada Cativam?
Uma reflexão sobre liberdade, vínculos e os laços que nos prendem

Olá, querido leitor!

Já parou para pensar que talvez a única forma de ser verdadeiramente livre seja simplesmente não se apegar a nada? Nenhuma pessoa, nenhuma ideia, nenhum lugar, nenhum sonho. Nada. Parece radical, eu sei, mas antes de me julgar como um ermitão do século XXI, vamos caminhar juntos nessa reflexão.

Afinal, liberdade e responsabilidade andam de mãos dadas, certo? Isso significa que toda vez que você escolhe algo, também escolhe as consequências dessa escolha. Então, se a liberdade plena significa não ter correntes, talvez o segredo esteja em não criar laços. Se nada te prende, nada te limita.

Mas será que é possível viver assim?


Os Ferros de Rousseau e as Correntes Invisíveis

Jean-Jacques Rousseau nos deixou uma frase tão provocativa quanto perturbadora: “O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros.” A ideia central do bom e velho Rousseau é que a sociedade nos molda, nos amarra e nos doméstica.

Vivemos sob regras, leis e convenções que nos dizem o que podemos ou não fazer. A ironia? O ser humano foi quem criou tudo isso. Criamos um sistema e depois reclamamos que estamos presos dentro dele. Agora, veja só: se ser livre significa não estar preso a nada, o que aconteceria se simplesmente recusássemos qualquer tipo de vínculo?

Nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade, nenhuma necessidade de corresponder às expectativas dos outros. Um mundo onde ninguém depende de ninguém. Parece tentador. Mas antes de rasgar suas contas e sair pelo mundo, vem comigo nessa reflexão.


Cativar é Criar uma Prisão?

Aqui entra o Pequeno Príncipe, com sua frase icônica: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Bingo!

É aqui que a liberdade começa a se complicar. Se você cativa algo – seja um amigo, um filho, um cachorro ou uma ideia – você está assinando um contrato invisível de responsabilidade. Não dá pra dizer “ah, não quero mais” sem pagar um preço por isso.

Pense no seguinte:

  • Você adota um cachorro. Agora ele depende de você para comer, passear, viver;
  • Você entra em um relacionamento. Agora existe um outro alguém que compartilha planos, sentimentos e expectativas com você;
  • Você tem um filho. Parabéns, essa é a assinatura vitalícia mais cara da história da humanidade.

E não para por aí. Até as ideias nos aprisionam. Quando você acredita firmemente em algo, isso molda suas ações e suas escolhas. Você pode até mudar de opinião ao longo do tempo, mas sempre estará preso a alguma crença, a algum princípio, a alguma verdade que escolheu seguir.

Ou seja, toda vez que você cativa algo, uma parte da sua liberdade se dissolve.


Liberdade ou Solidão?

Então, se a única forma de ser livre é não cativar nada, temos uma questão séria: será que queremos essa liberdade? Imagina uma vida sem laços, sem vínculos, sem pertencer a ninguém ou a nada. No começo pode parecer libertador, mas com o tempo… será que ainda faria sentido? Porque, no fundo, o que dá cor à vida são exatamente essas conexões.

O Pequeno Príncipe era livre para vagar pelos planetas, mas o que realmente marcou sua jornada foi a rosa que ele escolheu cativar. Ele poderia simplesmente ter ido embora, mas percebeu que a vida tem mais sentido quando há algo – ou alguém – para cuidar.

Rousseau via as amarras da sociedade como uma prisão, mas será que é possível viver sem elas? Mesmo a ideia de um contrato social – onde renunciamos a certas liberdades em nome de um bem maior – não seria, de certa forma, um “cativeiro necessário”? Afinal, liberdade absoluta também pode significar solidão absoluta.


O Peso da Escolha

Talvez a questão não seja evitar cativar, mas escolher com consciência aquilo que vale a pena cativar. Você não precisa cativar tudo. Mas também não precisa viver fugindo de qualquer vínculo. Existe um meio-termo: um equilíbrio entre o que você cultiva e o que você deixa ir. Porque no fim das contas, a liberdade não é apenas ausência de correntes. A liberdade é escolher quais correntes estamos dispostos a carregar.

Então, eu te convido a refletir: será que aquilo que você cativa te faz mais livre ou mais prisioneiro?

Pense nisso!


Gostou do artigo?

Quer entender melhor se a verdadeira liberdade está na ausência de vínculos ou na escolha consciente do que cativamos? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.

Até a próxima!

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

Confira também: Inteligência Comportamental: 3 Competências Essenciais para Interpretar Comportamentos Inadequados

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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