“E a gente canta, a gente dança, a gente não se cansa de ser criança; a gente brinca na nossa velha infância…”
(Arnaldo Antunes)
Como o tempo passa rápido e ao ver hoje minha filha brincar, conversar, rir e criar, lembro-me da minha infância, como era delicioso aquele tempo e, ao relembrar, veio uma pergunta que quero fazer a você: A sua criança teria orgulho de quem você se tornou?
Na semana passada durante uma dinâmica que eu fiz num treinamento, eu pensei quais eram os meus sonhos de criança e meu brinquedo favorito, porém o pensamento não parou nestas duas questões, pensei também quem eram as minhas amigas, o que eu queria ser quando crescer, minhas preocupações se é que eu podia chamar de preocupação…
A conclusão que tirei foi que eu estou no caminho certo, tenho orgulho de quem eu sou e amo o que estou fazendo. E você?
Falo e escrevo muito sobre sonhar e visualizar o futuro, entretanto resgatar fatos importantes do nosso passado como nossa infância é essencial para vermos a nossa evolução. E pensando nisso numa época tão propícia onde comemoramos na semana que vem o dia das crianças, convido você a redescobrir sua criança interior.
Há pontos que acredito ser muito interessante despertar, caso a vida de adulto tenha levado ao esquecimento.
O primeiro ponto é o espírito investigador. A criança é curiosa para saber sempre o porquê, como funciona e o significado. Esse ponto faz repensar em alguns padrões que temos, será que fazemos tudo o que realmente é importante?
O segundo ponto é o talento. Para uma criança não existe limites, ela é talentosa e atua com todo o seu potencial. Vejo isso com as crianças que convivo, elas são os melhores artistas, cantores, pintores, mágicos, médicos, professoras e nos surpreendem com a sua performance e ideias. E você acredita em todo o seu potencial e usa seus talentos?
O terceiro ponto é a capacidade de amar. A criança tem um amor pelas pessoas, animais e natureza. São seres puros nesse quesito, amam sem precedentes, não pensam em como amar ou se vai receber o amor de volta, simplesmente amam! E com elevada autoestima e amor próprio. Quem nunca pegou uma criança beijando sua própria imagem no espelho?
O quarto ponto é o relacionamento descomplicado. Já percebeu como as crianças se divertem e nunca se viram antes? Às vezes nem sabem o nome do amiguinho. No convívio com outras crianças são unidas, entram em sintonia nas brincadeiras, guardam segredos e são comprometidas e se um dia brigam, acordam no outro dia como se nada tivesse acontecido e a rotina volta ao normal. Um tanto diferente quando pensamos nos adultos, certo?
O quinto ponto, que para mim é o mais importante é acreditar que tudo é possível. As crianças têm muita autoconfiança, são corajosas, são sonhadoras, simplistas e dizem o que pensam, tanto que nós adultos temos que ensinar os limites. Mas será que às vezes esses limites não impedem o crescimento pessoal, profissional e espiritual?
Nesse momento de reflexão use a sinceridade da sua criança e veja como está a sua jornada de evolução. Com todo amor e carinho a desperte quando você precisar, pois ser criança é ser feliz com muito pouco e você já tem todos os recursos dentro de si, então liberte a sua criança interior e viva com alegria!
Grande abraço!
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